São Paulo, SP – A Energisa divulgou o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido da controladora de R$ 1,828 bilhão, alta de 254% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, o lucro líquido da controladora foi de R$ 3,789 bilhões, crescimento de 100% em comparação a 2023.
O Ebitda ajustado recorrente foi de R$ 1,905 bilhão, recuo de 7,9% em relação ao 4T23. Em 2024, o Ebitda ajustado recorrente foi de R$ 7,631 bilhões, alta de 8,1% em comparação a 2023. A receita líquida consolidada foi de R$ 9,558 bilhões, alta de 18,4% em relação ao 4T23. Em 2024, a receita líquida consolidada foi de R$ 33,715 bilhões, alta de 18,2% em comparação a 2023.
No 4T24, o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 189,9 milhões, redução de 65,6% (- R$ 362,3 milhões) em relação ao verificado no 4T23, influenciado positivamente pelo efeito da marcação ao mercado (MTM) das operações de opção de compra das ações da EPM e EPNE que totalizou R$ 494,1 milhões e o efeito positivo de R$ 106 milhões como receita financeira de indébitos tributários. Estes efeitos foram excluídos para efeitos do cálculo do Lucro Líquido Ajustado Recorrente.
A posição consolidada de caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e créditos setoriais totalizou R$ 8,893 bilhões em 31 de dezembro, frente aos R$ 8,953 bilhões registrados em 30 de setembro de 2024. Ressalte-se que os referidos saldos incluem os créditos referentes à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) e Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (CVA), nos montantes negativos de R$ 78,7 milhões em 31 de dezembro, contra R$ 322 milhões em 30 de setembro de 2024.
Em 31 de dezembro, a dívida líquida, deduzida dos créditos setoriais, foi de R$ 24,986 bilhões, contra R$ 23,707 bilhões em 30 de setembro de 2024. Consequentemente, a relação dívida líquida por EBITDA ajustado covenants foi de 3,0x em dezembro, crescimento de 0,2x em relação a setembro de 2024.
No 4T24, o consumo de energia elétrica nas distribuidoras do Grupo Energisa cresceu 2,3% frente ao mesmo período de 2023. Foram decisivos para o resultado as temperaturas acima da média em todas as regiões e o bom desempenho da indústria, motivado por novas cargas e aumento da produção de alimentos e minerais. Vale ressaltar que a taxa de crescimento só não foi mais expressiva no trimestre devido à base elevada no 4T23 – mercado havia apresentado a maior taxa em 18 anos (13,0%), em meio aos efeitos do El Niño e ondas de calor, que se intensificaram justamente nos últimos meses de 2023, sobretudo no Centro-Oeste e Sudeste.
O consumo de energia nas concessões da Energisa cresceu 7,6%, maior que a média brasileira que foi de 5,3%. Em ambos todas as classes avançaram, com o consumo residencial e industrial definindo o crescimento do Grupo acima do agregado nacional. Na Energisa, os clientes residenciais tiveram aumento de consumo de 10,5% enquanto no país a alta foi de 7,1%, já no segmento industrial, o crescimento anual do Grupo foi 9,2%, quase o dobro da taxa Brasil de 4,8%.
A venda de energia (mercado cativo + TUSD) que cresceu 2,3% no 4T24 quando comparado ao mesmo período do ano anterior, atingindo 11.088,3 GWh, expansão frente a uma base elevada em dez/23 (13,0% – maior taxa em 18 anos). O PMSO recorrente do segmento subiu 6,0% na comparação com o 4T24.
A Companhia encerrou o período com 8.792.158 unidades consumidoras, crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número de consumidores cativos aumentou 2,3%, enquanto os consumidores livres tiveram uma expansão de 75,5%.
No 4T24, a taxa de inadimplência consolidada das distribuidoras de energia do Grupo Energisa dos últimos 12 meses foi de 1,30%, representando uma variação de 0,30 ponto percentual em relação ao mesmo período do exercício anterior.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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