São Paulo, SP – A CSN Mineração divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido de R$ 2,016 bilhões, alta de 48,4% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, o lucro líquido atingiu R$ 4,5 bilhões, o que representa um aumento de 26,9% em relação a 2023. Em comparação ao 3T23, o crescimento foi de de 352%, refletindo não apenas o impacto da recuperação do preço do minério, mas também o efeito da variação cambial na receita financeira e a maior incidência de impostos apurados sobre o lucro
gerado.
No 4T24, EBITDA Ajustado atingiu R$ 2,015 bilhões, com uma margem EBITDA Ajustada trimestral de 51,6%, o que representa um forte crescimento de 13,3 p.p. em relação ao trimestre anterior. Essa maior rentabilidade é consequência exclusiva da recuperação dos preços, somada aos sólidos resultados operacionais alcançados no período. Em 2024, o EBITDA ajustado da mineração foi de R$ 5,8 bilhões, com uma margem EBITDA ajustada de 45,3%, o que representa uma queda de apenas 0,8 p.p. em relação ao ano anterior mesmo com uma queda de 9,3% no preço médio do minério, o que demonstra toda a excelência operacional registrada no período.
A Receita Líquida Ajustada totalizou R$ 3,907 bilhões no 4T24, um desempenho 31,4% acima do registrado no terceiro trimestre do ano, como resultado exclusivo da melhor realização de preços com o aumento do Platts e o efeito positivo de cargas com exposição à períodos cotacionais futuros, ajudando a compensar a redução de volume. Já a Receita Líquida Unitária foi de US$ 61,71 por tonelada no 4T24, o que representa um crescimento de 34,5% contra o trimestre anterior, como consequência da retomada do preço médio do minério e um menor demérito do produto exportado. No ano de 2024, a Receita Líquida Ajustada totalizou R$ 13,009 bilhões, um desempenho
23,7% abaixo da registrada em 2023, resultado exclusivo da curva descendente do preço do minério, apesar dos resultados operacionais apresentados ao longo do ano, com o crescimento da produção própria. Em comparação ao 4T23, a receita líquida recuou 22,1%.
Por sua vez, o Resultado Financeiro foi positivo em R$ 815 milhões no 4T24, impulsionado pelo impacto da forte variação cambial sobre o caixa, que possui grande exposição ao dólar. Em 2024, o Resultado Financeiro também foi positivo, totalizando R$ 782 milhões no período.
Em 31/12/2024, a CSN Mineração possuía um total de R$ 15,2 bilhões em disponibilidades, o que representa um crescimento de 4,8% em relação ao trimestre anterior e reflete a assinatura de mais dois contratos de pré-pagamento, ajudando a reforçar ainda mais a posição de caixa líquido da Companhia ao totalizar R$ 4,6 bilhões no período. Essa melhora do indicador apenas reforça a sólida estrutura de capital da empresa para fazer frente aos seus projetos de crescimento e pagamentos de dividendos. Por sua vez, o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida
Líquida/EBITDA ficou praticamente estável em -0,79x.
A Produção de Minério de Ferro (incluindo compras de terceiros) atingiu o volume de 11.002 mil toneladas no 4T24, um declínio de 3,8% em relação ao terceiro trimestre de 2024, mas em linha com a sazonalidade de chuvas características do final do ano e com o volume registrado no 4T23. Quando se observa o ano de 2024, a produção
de minério de ferro (incluindo compras de terceiros) foi de 41.997 mil toneladas, atingindo o guidance divulgado pela Companhia e apenas 1,5% abaixo do verificado em 2023, o que reflete a estratégia adotada ao longo do ano de priorizar a margem em detrimento de volume, com um menor volume de compras de minério de terceiros. De forma geral, pode-se afirmar que o ano de 2024 foi um período muito importante para a história da Companhia, com diversos recordes operacionais na movimentação de cargas e o maior volume de produção própria desde 2019, o que demonstra a sólida eficiência da operação e toda a excelência logística que a CSN tem conseguido atingir.
O Volume de Vendas, por sua vez, foi de 10.731 mil toneladas no 4T24, ficando 9,7% abaixo do volume verificado no terceiro trimestre de 2024, o que está em linha com o impacto das chuvas no ritmo de produção. Na comparação com o 4T23, também foi observado uma retração de 3,7% no ritmo de vendas mesmo com o aumento dos embarques verificados no período, refletindo o menor volume registrado no mercado doméstico. No ano de 2024, o volume de vendas foi de 42.552 mil toneladas em linha com o verificado em 2023. Outro destaque importante de 2024 foi o recorde de toneladas embarcadas no TECAR, o que permitiu que a Companhia não dependesse de portos de terceiros, ajudando a diminuir o custo logístico e a maximizar o resultado.
O Custo dos Produtos Vendidos da mineração foi de R$ 2,125 bilhões no 4T24, um crescimento de 3% frente ao trimestre anterior, em função do maior volume de compras. Já o custo C1 atingiu US$ 20,4/t no 4T24, o que representa aumento de 6,3% em relação ao trimestre anterior, como reflexo da menor diluição de custos fixos
em razão do menor volume. No ano de 2024, o Custo dos Produtos Vendidos da mineração totalizou R$ 8,025 bilhões, um desempenho 18,5% abaixo do registrado em 2023, resultado da forte redução no volume de compras e que reflete a estratégia de priorizar margem unitária.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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