São Paulo, SP – A Cemig divulgou na noite de ontem (20) o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido de R$ 998 milhões, queda de 47,1% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). O lucro ajustado foi de R$ 1,166 bilhão, em comparação a R$ 1,684 bilhão no mesmo período de 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,937 bilhão, queda de 10,4% em relação ao 4T23. Em 2024, o Ebitda ajustado foi de R$ 7,605 bilhões, menor que o resultado alcançado em 2023, que foi de R$ 8,078 bilhões.
A receita líquida foi de R$ 11,177 bilhões, alta de 12,3% em relação ao 4T23. A receita bruta com energia vendida a consumidores finais foi de R$ 8,250 bilhões no 4T24, em comparação a R$ 7,682 bilhões no mesmo período de 2023, representando um aumento de 7,4%, apesar da redução de 4% no volume de energia. Essa variação na receita é explicada, principalmente, pelo reajuste tarifário da Distribuição, em vigor a partir de 28 de maio de 2024, com efeito médio de 7,32%.
O Grupo Cemig faturou, aproximadamente, 9,41 milhões de clientes em dezembro de 2024, com crescimento de 191 mil clientes, o que equivale a um aumento de 2,1% na base de consumidores em relação a dezembro de 2023. Deste total, 9.407.944 são consumidores finais e de consumo próprio e 447 são outros agentes do setor elétrico brasileiro.
O resultado financeiro consolidado no 4T24 foi uma despesa financeira de R$ 396,4 milhões, em comparação a uma despesa financeira de R$ 98 milhões no mesmo período de 2023. A RAP própria da Cemig, incluindo a parcela de ajuste, teve aumento de 18,8% a partir de julho, referente a inflação do período, reforços e melhorias e fluxo do reperfilamento da RBSE. O RAP total foi de R$ 1,950 bilhão.
O fornecimento de energia para clientes cativos somado à energia transportada para clientes livres e distribuidoras, excluindo a energia compensada de GD, totalizou 12.317 GWh no 4T24, uma redução de 1% em relação ao mesmo período de 2023. Este resultado foi decorrente, principalmente, do menor consumo das classes rural (-131,8 GWh ou -15,8%), comercial (-102,1 GWh ou -5,9%) e serviços públicos (-80,3 GWh ou -8,8%) em função de migração para GD, temperaturas mais amenas e maior volume de chuvas, reduzindo a necessidade de irrigação. Em contrapartida, a classe industrial apresentou aumento de consumo (+205,7 GWh ou +3,7%) com o crescimento da produção industrial. A redução de 1,0% no total de energia distribuída resulta da redução de 8,9% (-564,5 GWh) no
consumo do mercado cativo, parcialmente compensada pelo aumento de 7,2% (+436,9 GWh) no uso da rede
pelos clientes livres.
As perdas de energia ficaram abaixo da meta regulatória na janela de 12 meses, encerrada em dezembro de 2024, atingindo 10,36%, enquanto a meta regulatória é de 10,51%.
JCP
O conselho de administração da Cemig deliberou pela declaração de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor bruto de R$ 541 milhões, ou R$0,18911784746 por ação, a ser compensado com o dividendo mínimo obrigatório do exercício de 2025, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte. Farão jus os acionistas detentores de ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) no dia 25 de março e os pagamentos serão em duas parcelas iguais, sendo a primeira até 30 de junho de 2026 e a segunda até 30 de dezembro de 2026.
DESLISTAGEM
O Conselho de Administração aprovou a deslistagem das ações preferenciais de emissão da companhia do Mercado de Valores Latino-americanos (Latibex), segmento da Bolsa de Madrid. A implementação da deslistagem, seus termos e prazo para conclusão estão sujeitos à análise da Latibex. A companhia disse que a deslistagem da Latibex está alinhada à sua estratégia de simplificação.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA
