São Paulo, 5 de fevereiro de 2025 – A Bunge reportou lucro líquido de US$ 602 milhões no quarto trimestre de 2024, 2,27% menor que o reportado no mesmo período do ano anterior, de US$ 616 milhões. Na mesma base de comparação, a receita caiu 9,55%, para US$ 9,909 bilhões.
Em todo o ano de 2024, o lucro caiu 49,31%, somando US$ 1,137 bilhão. A receita caiu 12,55%, somando US$ 12,771 bilhões.
Segundo a empresa, no agronegócio, resultados mais baixos no Processamento foram parcialmente compensados por melhores resultados no Merchandising. Já os resultados mais baixos em Óleos Refinados e Especiais foram impulsionados principalmente pela América do Norte. Além disso, a Bunge está na fase final dos processos regulatórios para adquirir a Viterra e CJ Selecta.
No setor de agronegócio, os volumes caíram 2,71% para 19,965 milhões de toneladas. No processamento, maiores resultados na trituração de soja na Europa e na Ásia foram mais do que compensados por resultados menores na América do Norte e na América do Sul, assim como nas oleaginosas na Europa.
No segmento de óleos refinados e especiais, os volumes subiram 1,45%, para 2,305 milhões de toneladas métricas. Os resultados mais baixos na América do Norte foram principalmente devido à combinação de um ambiente de oferta e demanda mais equilibrado e à incerteza relacionada às políticas de biocombustíveis dos Estados Unidos. Ainda segundo a Bunge, embora os resultados na Europa, América do Sul e Ásia também tenham caído devido a margens menores, as variações foram muito mais estreitas.
Os volumes tiveram alta de 7,30% no segmento de moagem, para 897 mil toneladas. Os resultados mais altos na América do Norte foram mais do que compensados por resultados mais baixos na América do Sul. A Bunge, no segmento de açúcar e bioenergia, vendeu recentemente sua participação na joint venture de açúcar e bioenergia e, por isso, não registrou resultados neste setor.
Para 2025, a empresa projeta um lucro por ação ajustado de aproximadamente US$ 7,75. No agronegócio, os resultados anuais devem ficar abaixo dos do ano passado, devido a menores resultados na área de Processamento, onde o crescimento na América do Sul deve ser mais do que compensado por resultados mais baixos na América do Norte e no segmento de oleaginosas na Europa.
Já na parte de Óleos Refinados e Especiais, os resultados anuais devem ser inferiores aos do ano passado, principalmente devido a um ambiente mais equilibrado entre oferta e demanda na América do Norte.
Por outro lado, no setor de Moagem, os resultados anuais devem ser superiores aos do ano passado.
Vanessa Zampronho / Safras News
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