Lucro líquido da B3 cai 3,6% no 2T23, para R$ 1 bilhão

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Porto Alegre, 11 de agosto de 2023 – A B3 obteve lucro líquido de R$ 1,052 bilhão no segundo trimestre deste ano, queda de 3,6% na comparação com o mesmo período de 2022. O lucro líquido recorrente, por sua vez, reduziu 4,3% no período e somou R$ 1,168 bilhão, na mesma base de comparação, refletindo os efeitos explicados anteriormente. Já o lucro líquido recorrente ajustado apresentou queda de 12,9%, explicada pelo término da amortização fiscal do ágio da combinação de negócios com a Cetip.

Entre abril e junho, a receita total da companhia ficou 0,4% abaixo da registrada no mesmo período de 2022 e atingiu R$ 2,477 bilhão, na comparação anual, enquanto a receita líquida somou R$ 2,230 bilhões, queda de 0,5% na mesma base de comparação.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) recorrente do período foi de R$ 1,632 bilhão, retração de 2,2% ante o mesmo período do ano anterior. A margem ebitda recorrente alcançou 73,6%, uma queda de 87 bps ante o mesmo período de 2022.

As despesas somaram R$ 859,0 milhões no 2o trimestre de 2023, alta de 2% na comparação anual. Já as despesas ajustadas subiram 1,2% e totalizaram R$ 459,5 milhões, na mesma base de comparação.

Em sua mensagem, a administração da B3 disse que durante o segundo trimestre, os bancos centrais das principais economias globais sinalizaram que os juros devem continuar em níveis elevados, em função da persistência dos altos níveis de inflação. Em contrapartida, no Brasil, dados recentes de inflação abaixo do esperado estimularam os mercados a precificar o início de um ciclo de queda na taxa de juros para o terceiro trimestre do ano, que se concretizou em agosto. A economia brasileira também deu indicações de maior resiliência e as expectativas sobre o ritmo de crescimento aumentaram ao longo do período.

A melhora de expectativas no Brasil se refletiu no mercado à vista de ações, onde o volume financeiro médio diário negociado (ADTV) totalizou R$26,9 bilhões, uma recuperação de 6,7% na comparação com o 1T23. Na comparação com o 2T22, houve uma queda de 6,7%.

Em derivativos listados, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 6,4 milhões de contratos, 49,5% e 6,3% acima do 2T22 e do 1T23, respectivamente, refletindo principalmente o desempenho dos contratos de Juros em R$, que apresentaram recorde histórico. A incerteza sobre os movimentos prospectivos das taxas de juros concentrou o volume em contratos com prazos mais curtos, que tem uma receita por contrato (RPC) mais baixa.

Já no segmento de balcão, os juros mais elevados continuaram favorecendo os volumes, com destaque para o crescimento de 22,6% no estoque de instrumentos de renda fixa e de 29,8% no estoque do Tesouro Direto em relação ao 2T22. As informações são da Agência CMA.

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Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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