São Paulo, SP – A Allos divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024, com lucro líquido de R$ 217,4 milhões, queda de 8,4% em relação ao mesmo trimestre de 2023 (4T23). Em 2024, o lucro líquido foi de de R$ 728,6 milhões, queda de 78,4% em relação a 2023.
O Ebitda ajustado foi de R$ 638,5 milhões, alta de 12,4% em relação ao 4T23. Em 2024, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,996 bilhão, alta de 7,3% em relação a 2023. A margem líquida ajustada foi de 77,4% no 4T24, alta de 2,6 pontos percentuais em relação ao 4T23. Em 2024, a margem líquida ajustada foi de 73,8%, alta de 0,3 p.p. Esse resultado pode ser explicado, principalmente, pela performance operacional e maior eficiência em despesas administrativas.
A receita líquida fechou o último trimestre de 2024 em R$ 824,9 milhões, alta de 8,6% em relação ao 4T23. Em 2024, a receita líquida foi de R$ 2,705 bilhões, alta de 7% em relação a 2023. O destaque do 4T24 foi a aceleração das receitas de locação e, do ano de 2024, foram as receitas de estacionamento e de mídia, que registraram crescimentos consistentes na casa dos dois dígitos.
No 4T24, o NOI da Allos totalizou R$ 753,3 milhões. Um crescimento de 6,8% versus o 4T23, reflexo da retomada de crescimento em aluguéis e continuidade da boa performance em estacionamento, aliados à queda de 5,8% em custos operacionais no trimestre. No ano de 2024, o NOI atingiu R$ 2,406 bilhões, um avanço de 5,6% em comparação ao ano de 2023.
No 4T24, as receitas financeiras somaram R$ 110,2 milhões. Um aumento de 64,6% em relação ao 4T23, devido a um maior saldo médio de caixa. Já as despesas financeiras totalizaram R$ 229,5 milhões no 4T24, um aumento de 15,1% em comparação ao 4T23, em função, principalmente, de um maior endividamento bruto médio. Importante salientar que foram realizados dois pré-pagamentos relevantes no trimestre, um de R$ 1 bilhão, em outubro de 2024, e outro de R$ 900 milhões em novembro de 2024. No ano, o resultado financeiro recorrente reduziu em 3,7%, mesmo após o efeito, não caixa, da marcação dos swaps ao valor justo.
No 4T24, o FFO por ação cresceu 34,3% e, no ano de 2024, 40,8%, impulsionado por mais de R$ 1 bilhão de retorno de capital ao acionista em recompras de ações da Allos. O FFO atingiu R$ 467,7 milhões no quarto trimestre de 2024, superando em 23% o mesmo período no ano anterior. A variação positiva do indicador é explicada pela forte performance operacional em conjunto com as ações de gestão de passivos, um maior saldo médio de caixa e aos avanços em eficiência tributária. No ano de 2024, o FFO atingiu patamar significativo de R$ 1,376 bilhão, expandindo 29% versus 2023.
Em relação a projeção de sinergias derivada da combinação de negócios que originou a Allos, de R$ 210 milhões anuais a serem capturados até o final do ano de 2028, a Companhia confirma que, até dezembro de 2024, já havia capturado R$ 134 milhões, dos quais R$ 104 milhões em receitas e R$ 30 milhões em custos e despesas.
Em relação às projeções sobre o Valor Geral de Vendas” dos projetos multiúso assinados até dezembro de 2023 (VGV) de R$ 3,6 bilhões, com geração de caixa estimada de R$ 430 milhões entre 2021 e 2033, a Companhia informa que foram realizados R$ 154 milhões até 31 de dezembro de 2024 e encerra essa projeção, que considera o fluxo de caixa de 100% dos projetos, para o início de uma nova projeção que considera a efetiva participação da Companhia nos projetos.
No quarto trimestre de 2024, as vendas totais continuaram em trajetória crescente, atingindo R$ 12,5 bilhões. Um aumento de 8,6% em relação ao 4T23. No ano de 2024, a Allos alcançou R$ 40,2 bilhões, um crescimento de 7,7% em relação a 2023. Incluindo os shoppings de terceiros, a Allos atingiu R$ 46 bilhões em vendas.
As vendas/m2 no 4T24 atingiram R$ 2.445, um aumento de 10,7% frente ao mesmo período do ano anterior. Esse patamar de vendas/m2 reflete, em mais um trimestre, a trajetória de crescimento consistente que a Companhia vem apresentando desde 2019, com crescimento total de 42,7% e CAGR de 7,4% no período, versus um IPCA médio para o mesmo período de 5,9%. No ano, as vendas/m2 atingiram R$ 1.965, um crescimento de 9,8% quando comparadas ao registrado em 2023 e de 45,1% desde 2019 com CAGR de 7,7%, em parte potencializadas pela concentração do portfólio da Allos em shoppings de maior produtividade após os desinvestimentos recentes.
A taxa de ocupação foi de 96,8% ao final do quarto trimestre de 2024, sendo acelerada pela alta demanda dos lojistas por espaços comerciais em nossos shoppings. O crescimento de 50 bps, comparado ao 4T23, ilustra a força do portfólio em atrair lojistas de destaque, qualificando o mix e entregando uma melhor experiência para os consumidores. No quarto trimestre de 2024, a inadimplência líquida foi de -1,2%, ligeiramente maior que o 4T23. O indicador reflete uma importante melhora na saúde financeira dos lojistas ao longo do ano.
PROJEÇÕES 2025
A companhia prevê para 2025 um Ebitda entre R$ 2,070 bilhões e R$ 2,150 bilhões. Já a estimativa de investimentos em expansões, revitalizações, manutenções, intangível e imobilizado (Capex) deve ficar entre R$ 450 milhões e R$ 550 milhões.
“A companhia pretende retornar aos acionistas o montante total correspondente a, no mínimo, 50% do seu AFFO gerado no ano de 2025, por meioi do pagamento de dividendos e/ou juros sobre capital próprio e/ou recompra de ações de emissão da companhia. A parcela a ser distribuída sob a forma dividendos deverá ainda ser submetida para votação em Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em abril do ano subsequente e será limitada ao lucro líquido da Allos apurado no exercício de 2025, após os ajustes legais, somado às reservas de lucros disponíveis à época”,
explicou o comunicado.
Por fim, a empresa prevê o recebimentos com projetos de multiúso assinados até dezembro de 2024 de R$ 318 milhões, a serem realizados entre 2025 e 2036. O valor da projeção considera a efetiva participação da Allos nos ativos.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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