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Lucro líquido aos acionistas da Petrobras cresce 48,6% e soma R$ 35,2 bi no primeiro trimestre

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O lucro líquido da Petrobras cresceu 48,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 35,2 bilhões. Em comparação ao quarto trimestre, a companhia reverteu prejuízo de R$ 17,0 bilhões registrado no intervalo anterior. Por sua vez, o lucro líquido sem eventos exclusivos caiu 12,1%, na comparação anual, e totalizou R$ 23,6 bilhões, enquanto na comparação trimestral, o indicador avançou 33,3%. De acordo com a estatal, o lucro líquido sem eventos exclusivos aumentou 33,3% em relação ao 4T24. Considerando-se os eventos exclusivos, o lucro líquido atingiu R$ 35,2 bilhões em função da melhora no resultado financeiro, positivo em R$ 10,6 bilhão, beneficiado pela valorização de 7% do câmbio no final do período, refletindo os efeitos da variação cambial sobre as dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior.

A receita de vendas da companhia aumentou 4,6% na comparação anual, para R$ 123,1 bilhões, e subiu 1,5% em relação a do quarto trimestre.

O ebitda ajustado subiu 1,7% no período, para R$ 61,084 bilhões, enquanto o mesmo indicador sem eventos exclusivos cresceu 1,2%, para R$ 62,281 bilhões. O ebitda ajustado sem eventos exclusivos aumentou 8% em comparação ao 4T24, impulsionado, principalmente, pelo aumento da produção de petróleo, maiores vendas de petróleo no mercado externo e interno e pelo aumento nos crack spreads de diesel.

O ebitda ajustado leva em consideração o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, participações em investimentos, reduções no valor recuperável de ativos (impairment), o resultado com alienação e baixa de ativos e remensuração nas participações societárias.

O lucro bruto da área de Refino da Petrobras do 1T25 foi R$ 1,66 bilhão menor que o do 4T24, refletindo, principalmente, menores margens de derivados produzidos para o mercado interno. Considerando o efeito do giro dos estoques de R$ 1,75 bilhão no 1T25 e R$ 2,29 bilhões no 4T24, o lucro bruto teria sido R$ 5,3 bilhões no 1T25 e US$ 6,4 bilhões no 4T24.

Houve menores margens de derivados no mercado interno, principalmente na gasolina, além do volume de vendas ter sido menor em função da sazonalidade típica do primeiro trimestre, impactando, principalmente, gasolina e GLP.

O resultado operacional no 1T25 foi menor que no 4T24, reflexo da redução do lucro bruto, parcialmente compensado por menores despesas operacionais.

O custo unitário de refino em reais no 1T25 foi 4,2% maior quando comparado ao do 4T24, principalmente em função da menor carga processada (-6,1%) devido à parada geral planejada da RNEST.

Na divisão de exploração e produção (E&P), no 1T25, o lucro bruto do E&P foi de R$ 48,5 bilhões, um aumento de 12,4% quando comparado ao 4T24, cujo resultado foi de R$ 43,1 bilhões. Esse crescimento se deu, principalmente, pela maior produção no período e pela maior cotação do Brent, parcialmente compensadas pela maior participação governamental. O lucro operacional no 1T25 foi de R$ 44,2 bilhões, 152,1% superior ao do 4T24. Esse crescimento reflete, principalmente, a redução das despesas operacionais, com destaque para a ausência da provisão de descomissionamento registrada no trimestre anterior.

O lifting cost apurado no 1T25, sem participação governamental e sem afretamento, foi de US$ 6,79/boe, representando um aumento de 7,1% em comparação com o último trimestre. Este aumento deve-se ao incremento de custo em serviços para manutenção da integridade de ativos, principalmente, pela intensificação das atividades de intervenções em poços nos campos de Roncador, Barracuda e Marlim; e de inspeções e manutenções submarinas nos campos de Búzios, Itapu e Marlim Leste. Além disso, houve maiores gastos no campo de Búzios relacionados ao novo contrato de monitoramento do leito marítimo.

Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo menor volume de perdas por paradas para manutenções, pela melhor eficiência operacional na Bacia de Santos, pelo ramp-up do FPSO Marechal Duque de Caxias e pela entrada da FPSO Almirante Tamandaré em fevereiro de 2025.

Ao longo do trimestre, a Petrobras aumentou os investimentos em 33,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, para US$ 4,065 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre caiu 19,7%, para R$ 26,040 bilhões.

O endividamento líquido da companhia somava US$ 56,034 bilhões ao fim do primeiro trimestre -, 28,4% a mais do que igual período de 2024, ou o equivalente a 1,45 vez o ebitda ajustado na comparação anual.

Em 31 de março de 2025, caixa e equivalentes de caixa totalizaram R$ 27,0 bilhões e as disponibilidades ajustadas somaram R$ 48,6 bilhões.

No 1T25, os recursos gerados pelas atividades operacionais totalizaram R$ 49,3 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 26,0 bilhões. Adicionalmente, no período, foram registrados: o resgate de títulos (R$ 8,1 bilhões), o ingresso de recursos provenientes de earn-outs (R$ 2,7 bilhões) e a compensação financeira por acordos de coparticipação em Sépia e Atapu (R$ 2,1 bilhões).

A geração de caixa operacional, aliada às entradas relacionadas a resgate de títulos e desinvestimentos, foi utilizada para: (a) realizar investimentos (R$ 23,3 bilhões), (b) remunerar os acionistas (R$ 16,6 bilhões), (c) amortizar passivos de arrendamento (R$ 12,2 bilhões), e (d) amortizar o principal e juros devidos no período (R$ 5,7 bilhões).

No 1T25, a Companhia liquidou diversos empréstimos e financiamentos, no valor de R$ 5,7 bilhões e captou R$ 3,0 bilhões, destacando-se uma operação de longo prazo no valor de R$ 3,0 bilhões no mercado bancário nacional.

Investimentos

No 1T25, os investimentos totalizaram US$ 4,1 bilhões, o que representa uma redução de 29,1% em relação ao 4T24 e um aumento de 33,6% em comparação ao 1T24. A realização do 1T25 reforça o caráter atípico do nível de investimento observado no 4T24, explicado pela recomposição do descasamento físico-financeiro das unidades próprias de Búzios, em resposta às ações implementadas ao longo do segundo semestre de 2024.

No segmento de Exploração & Produção, os investimentos totalizaram US$ 3,5 bilhões no 1T25, uma redução de 28,5% em relação ao 4T24. Esse recuo reflete, principalmente, os esforços para o avanço financeiro, concentrado no trimestre anterior, para as plataformas em construção para o campo de Búzios, o que contribuiu para mitigar riscos de atrasos e aumentou o potencial de antecipações.

Já em comparação ao 1T24, houve um aumento de 41,7% no investimento em decorrência, principalmente, dos avanços em grandes projetos do pré-sal da Bacia de Santos, em especial nos novos sistemas de produção dos Campos de Búzios e de Atapu.

No segmento Refino, Transporte e Comercialização, os investimentos totalizaram US$ 0,4 bilhão no 1T25, com destaque para paradas programadas de refinarias, conclusão da modernização do Trem 1 da RNEST e avanço no projeto de hidrotratamento (HDT) de médios da REPLAN.

Adicionalmente, cabe destacar a entrada em operação no 1T25 do FPSO afretado Almirante Tamandaré de Búzios 7, que resultou no reconhecimento de US$ 2,6 bilhões (parcela Petrobras) no passivo de arrendamento. Destaca-se também a prorrogação do contrato do FPSO Cidade de Angra dos Reis até 2030, o que adicionou US$ 0,4 bilhão ao nosso endividamento. Assim como as unidades próprias, os FPSOs afretados são reconhecidos no ativo da Companhia e constituem esforço de investimento para ampliação da capacidade produtiva com novas unidades, mas não são considerados na rubrica de Capex.

Conselho aprova pagamento de R$ 11,7 bi a acionistas

O conselho de administração da Petrobras, em reunião realizada hoje, aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares no valor de R$ 11,72 bilhões, equivalente a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2025, declarada com base no balanço de 31 de março de 2025.

O pagamento proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano de negócios em vigor (atualmente US$ 75 bilhões), e observadas as demais condições da Política, a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre.

Esta distribuição é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia, segundo a Petrobras.

Os proventos serão pagos em duas parcelas nos meses de agosto e setembro de 2025, da seguinte forma:

Valor a ser pago: R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, sendo que:

(i) a primeira parcela, no valor de R$ 0,45458310 por ação ordinária e preferencial em circulação, será paga em 20 de agosto de 2025, integralmente sob a forma de juros sobre capital próprio.

(ii) a segunda parcela, no valor de R$ 0,45458309 por ação ordinária e preferencial em circulação, será paga em 22 de setembro de 2025, sendo R$ 0,30844749 sob a forma de dividendos e R$ 0,14613560 sob a forma de juros sobre capital próprio.

Data base da posição acionária: dia 02 de junho de 2025 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e record date em 04 de junho de 2025 para os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras passarão a ser negociadas ex-direitos na B3 a partir de 03 de junho de 2025.

Data de pagamento: para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, o pagamento da primeira parcela será realizado no dia 20 de agosto de 2025 e o da segunda parcela no dia 22 de setembro de 2025. Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 27 de agosto de 2025 e de 29 de setembro de 2025, respectivamente.

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