Porto Alegre, 08 de setembro de 2023 – O mercado brasileiro de café teve uma semana de lentidão e sem grandes modificações nos valores praticados. A intensa volatilidade para o arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e no dólar e o feriado desta quinta-feira afastaram compradores e vendedores. Na Bolsa de NY, que operou normalmente neste dia 07 (feriado no Brasil), as cotações caíram e ameaçaram novamente romper a importante linha de US$ 1,50 a libra-peso no contrato dezembro.
Em NY, nesta quinta-feira o contrato dezembro bateu na mínima em 149,50 centavos, mas conseguiu recuperar-se destes níveis e fechou levemente acima de US$ 1,50, em 150,45 centavos. E foi mais uma sessão volátil em que NY trabalhou com ganhos em parte do dia, com notícias de chuvas excessivas em regiões produtoras do Brasil sustentando os preços, trazendo preocupações em relação já a safra de 2024. Mas o mercado perdeu terreno ao longo do dia e voltou a cair, em meio a fatores técnicos e com a bolsa refletindo apreensões também com a economia global.
No balanço dos últimos sete dias em NY (entre as quintas-feiras 31 de agosto e 07 de setembro), o contrato dezembro caiu 2,6%. Em Londres, o robusta para novembro caiu no mesmo intervalo 3,3%.
No mercado físico brasileiro de café, o arábica bebida boa no sul de Minas Gerais mostrou sustentação por conta do dólar, tendo encerrado a quarta-feira (06) em R$ 835,00 a saca, devendo naturalmente nesta sexta-feira compensar o pregão da quinta-feira em NY e sofrer alguma pressão. O conilon trabalhou na quarta-feira para o tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, em R$ 615,00 a saca. O dólar comercial sustentou os preços no Brasil na semana novamente ameaçando atingir os R$ 5,00.
Colheita
A colheita de café pelos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), que envolve as regiões do sul de Minas Gerais, cerrado mineiro, Zona da Mata de Minas e partes de São Paulo, estava em 95,03% até o dia 01 de setembro. É o que indica o levantamento semanal da Cooxupé.
No relatório anterior, a colheita envolvia 92,04% até 27 de agosto. Segundo o relatório, a colheita está ligeiramente adiantada este ano em relação ao ano passado. Em igual período do ano passado a colheita estava em 94,89%.
No levantamento, a Cooxupé indicou que no sul de Minas Gerais a colheita pelos cooperados estava em 96,02%; no cerrado mineiro em 92,99%; Zona da Mata de Minas em 98%, e em São Paulo estava em 97,04%.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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