São Paulo, 19 de novembro de 2025 – A Jalles Machado encerrou a moagem relativa à safra 2025/26 em suas três unidades, Jalles Machado (UJM), Otávio Lage (UOL) e Santa Vitória (USV), apresentando avanço na área colhida (+3,4%, para 94,8 ha), mas menor volume de cana processada em função da menor produtividade dado as condições climáticas desafiadoras, informou a companhia, em fato relevante, divulgado ontem (18) à noite.
Na safra 2025/26, a companhia processou 7.076,0 mil toneladas de cana-de-açúcar, redução de 10,1% em relação às 7.868,5 mil toneladas da safra 2024/25. A produtividade média (TCH) foi de 74,5 t/ha, ante 84,5 t/ha no ciclo anterior (-11,8%). Esse desempenho decorre principalmente das chuvas significativamente abaixo da média nos meses de fevereiro e março, período crítico para o desenvolvimento da cultura, condição que se mostrou mais severa do que o previsto na revisão das projeções.
Além disso, na unidade Jalles Machado foram observados maiores níveis de matocompetição nas áreas destinadas ao cultivo orgânico, contribuindo adicionalmente para a redução da produtividade nessas regiões.
O mix de produção encerrou a safra com 53,6% de etanol e 46,4% de açúcar, frente a 55,7% e 44,3%, respectivamente, na safra anterior. A diferença em relação ao mix projetado deve-se à dinâmica de preços entre etanol e açúcar ao longo da safra. À medida que a paridade passou a favorecer o etanol, a companhia realocou parte da produção, especialmente nas unidades de Goiás a fim de maximizar a geração de valor.
A produção total de açúcar alcançou 436,6 mil toneladas, queda de 5,3% em relação à safra anterior, principalmente impactada pelo déficit hídrico. Dentro desse volume, a produção de açúcar orgânico somou 78,4 mil toneladas, abaixo do registrado no ciclo 2024/25, refletindo a maior matocompetição observada principalmente na unidade Jalles Machado. Em contrapartida, a produção de açúcar VHP atingiu 135,1 mil toneladas, crescimento significativo frente à safra anterior, demonstrando o pleno funcionamento da fábrica de VHP da Unidade Santa Vitória, que operou em sua primeira safra completa em ritmo normalizado.
A safra 2025/26 foi impactada por condições climáticas particularmente adversas nas regiões de Goiás e Minas Gerais, o que afetou a produtividade agrícola em todo o setor. Ainda assim, seguimos executando, com disciplina, o plano de expansão da capacidade de moagem e de fortalecimento do manejo agronômico, aliado à rigorosa disciplina no controle de custos operacionais, com foco em ganhos de eficiência e produtividade nos próximos ciclos.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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