Porto Alegre, 27 de junho de 2023 – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,04% em junho, 0,47 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,51%). O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,12%, abaixo dos 3,04% registrados no mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 3,40%, abaixo dos 4,07% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,69%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de junho. O grupo Habitação registrou a maior variação (0,96%) e o maior impacto (0,14 p.p.) no índice do mês. Os três grupos que registraram queda foram Transportes (-0,55%), Alimentação e bebidas (-0,51%) e Artigos de residência (-0,01%). Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Educação e o 0,79% de Vestuário.
No grupo Habitação (0,96%), destaca-se a alta da taxa de água e esgoto (3,64% e 0,06 p.p.), devido a reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: de 8,20% em Curitiba (7,92%), a partir de 17 de maio; de 9,56% em São Paulo (7,63%), a partir de 10 de maio; de 11,20% em Recife (4,61%), a partir de 28 de abril; e de 8,33% em Belém (5,00%), a partir de 28 de maio.
A alta da energia elétrica residencial (1,45% e 0,06 p.p.) decorre de reajustes aplicados em quatro áreas: em Belo Horizonte (9,15%), onde houve reajuste de 14,69% a partir de 28 de maio; em Recife (8,21%), onde o reajuste de 8,33% teve vigência a partir de 14 de maio; em Fortaleza (2,20%), onde o reajuste de 4,85% foi aplicado a partir de 22 de abril; e em Salvador (1,84%), onde houve reajuste de 8,28% a partir de 22 de abril.
A queda em gás encanado (-0,33%) vem a partir de reduções tarifárias de 3,05% em Curitiba (-1,64%) e de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,31%), ambas com vigência a partir de 1º de maio.
Nos Transportes (-0,55%), a variação negativa foi puxada pela queda nos preços dos combustíveis (-3,75%). A gasolina (-3,40%) foi o subitem com o maior impacto individual (-0,17 p.p.) no IPCA-15 de junho. Os demais combustíveis também registraram recuo nos preços: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Além disso, os preços do automóvel novo caíram 0,84% e contribuíram com -0,03 p.p. no índice do mês.
Ainda em Transportes, destaca-se a alta de 10,70% nos preços das passagens aéreas, que haviam registrado queda de 17,26% em maio. A alta de 0,99% em ônibus urbano deve-se ao reajuste de 33,33% em Belo Horizonte (7,53%), a partir de 23 de abril.
O grupo Alimentação e bebidas (-0,51%) registrou deflação no mês de junho, após alta de 0,94% no mês anterior. A alimentação no domicílio caiu de 1,02% em maio para -0,81% em junho, influenciada pelas quedas do óleo de soja (-8,95%), das frutas (-4,39%), do leite longa vida (-1,44%) e das carnes (-1,13%). No lado das altas, os destaques foram o ovo de galinha (2,04%) e o pão francês (0,72%).
As informações são do IBGE.
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Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS
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