IPCA-15 sobe 0,21% em abril ante março; projeção era de +0,27% – IBGE

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São Paulo, 26 de abril de 2024 – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,21% em abril na comparação com março, recuando 0,15 ponto percentual com relação ao número apurado no período anterior (+0,36%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril de 2023, o IPCA-15 foi de 0,57%.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, até abril, a alta foi de 3,77%, abaixo do número anterior, de 4,14%.

Tanto o resultado mensal quanto o acumulado de 12 meses ficaram abaixo das projeções de +0,27% e +3,82%, respectivamente, medidas pelo Termômetro CMA.

O resultado foi influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,61% e impacto de 0,13 p.p. no índice geral. O grupo Transportes foi o único a apresentar queda (-0,49%), com impacto de -0,10 p.p no índice geral.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Transportes (-0,49%) registrou queda em abril. O maior impacto (0,13 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (0,61%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,78% e 0,10 p.p.). As demais variações ficaram entre o 0,03% de Artigos de residência e o 0,41% de Vestuário.

No grupo Alimentação e bebidas (0,61%), a alimentação no domicílio subiu 0,74% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (17,87%), do alho (11,60%), da cebola (11,31%), das frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,72%) e as carnes (-1,43%). A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de março (0,59%), em virtude da alta menos intensa da refeição (0,76% em março para 0,07% em abril). O lanche (0,47%) teve variação superior à registrada no mês anterior (0,19%).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,78%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,36%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Além disso, o item plano de saúde (0,77%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024.

No grupo Habitação (0,07%), a alta da taxa de água e esgoto (0,05%) foi influenciada pelo reajuste de 1,95% em Goiânia (0,90%), a partir de 1º de abril. Em energia elétrica residencial (-0,07%), houve reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (2,34%).

No grupo Transportes (-0,49%), houve queda na passagem aérea (-12,20% e -0,09 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,03%), somente o etanol (0,87%) teve alta, enquanto o gás veicular (-0,97%), o óleo diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%) registraram queda nos preços.

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (-0,05%) foi influenciada pela unificação de tarifas em Recife (-0,73%), a partir de 3 de março. Em ônibus intermunicipal (0,44%), reajustes foram aplicados no Rio de Janeiro (2,83%), a partir de 24 de fevereiro. A alta do subitem metrô (0,39%) decorre do reajuste de 8,69% nas tarifas, a partir de 12 de abril, no Rio de Janeiro (1,16%).

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Dylan Della Pasqua / Agência CMA

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