IPCA-15 sobe 0,19% em agosto ante julho; projeção era de +0,20% – IBGE

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São Paulo, 27 de agosto de 2024 – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,19% em agosto na comparação com julho, recuando 0,11 ponto percentual com relação ao número apurado no período anterior (+0,30%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto de 2023, o IPCA-15 foi de +0,28%.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, até agosto, a alta foi de 4,35%, acima do número anterior, de 4,06%.

Tanto o resultado mensal quanto o acumulado de 12 meses ficaram minimamente abaixo das projeções de +0,20% e +4,36%, respectivamente, medidas pelo Termômetro CMA.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em agosto. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Transportes (0,83% e 0,17 p.p), seguido por Educação (0,75% e 0,05 p.p.). Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas (-0,80% e -0,17 p.p) apresentou queda pelo segundo mês consecutivo. As demais variações ficaram entre o 0,09% de Comunicação e o 0,71% de Artigos de Residência.

No grupo Transportes (0,83% e 0,17 p.p), o resultado foi influenciado pela gasolina (3,33% e 0,17 p.p.) Em relação aos demais combustíveis (3,47%), etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%) também apresentaram altas. Por outro lado, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,63% e -0,03 p.p).

Em Educação (0,75%), os cursos regulares subiram 0,77% principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%). A alta dos cursos diversos (0,47%) foi influenciada principalmente pelos cursos de idiomas (0,96%).

No grupo Habitação (0,18%), o principal impacto veio do gás de botijão (1,93% e 0,02 p.p). Destaca-se, ainda, a alta da taxa de água e esgoto (0,13%), que decorre dos seguintes reajustes tarifários: redução média de -0,61% em São Paulo (-0,47%), a partir de 23 de julho; de 5,81% em Salvador (2,71%), a partir de 1º de agosto; e de 8,05% em Fortaleza (2,68%), a partir de 5 de agosto. O resultado do subitem gás encanado (0,17%) decorre do reajuste de 2,77% no Rio de Janeiro (1,27%), a partir de 1º de agosto; e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba (-1,72%).

Quanto aos índices regionais, oito áreas de abrangência tiveram alta em agosto. A maior variação foi observada em Recife (0,50%), por conta da alta da gasolina (6,01%). Já o menor resultado ocorreu em Salvador (-0,11%), que registrou queda nos preços do tomate (-30,33%) e da cebola (-13,73%).

Paulo Holland / Safras News

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