Porto Alegre, 31 de maio de 2024 – Os preços da soja reagiram no Brasil e na Bolsa de Chicago em maio, período em que os produtores aproveitaram os repiques para comercializar. As inundações no Rio Grande do Sul trouxeram dúvidas sobre o tamanho da safra brasileira – que será menor que o esperado – e impulsionaram as cotações.
A saca de 60 quilos subiu no mês de maio de R$ 123,00 para R$ 133,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação avançou de R$ 123,50 para R$ 130,00 no período. Em Rondonópolis (MT), a cotação aumentou de R$ 116,00 para R$ 125,50.
No Porto de Paranaguá, a saca subiu de R$ 130,00 para R$ 138,00. Os prêmios, mesmo com o aumento da oferta, firmaram, basicamente pela presença~da demanda chinesa, que, na prática, se concentrou na América do Sul.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho – o mais negociado – teve valorização de 4,86% em maio. Na manhã do dia 31 de maio, a cotação estava em US$ 12,19 1/2 por bushel. Mesmo com o bom avanço do plantio nos Estados Unidos e com a demanda fraca pelo produto americano, o prejuízo na produção gaúcha sobrepujou e garantiu a elevação.
O câmbio também favoreceu os negócios com a soja no Brasil. O dólar comercial acumulou valorização de 0,33%, atingindo R$ 5,2088. O adiamento nos cortes dos juros nos Estados Unidos e as preocupações fiscais no Brasil sustentaram a moeda.
Para junho, o mercado de clima nos Estados Unidos e os números efetivos da quebra na safra gaúcha devem dominar as atenções e impactar nos preços aqui e no exterior. Além do relatório mensal do USDA, no final do mês o mercado ficará conhecendo os dados consolidados sobre o plantio nos Estados Unidos.
Dylan Della Pasqua / Safras News
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