Intacta 2 é a grande aposta da Bayer no agro em 2021

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     Porto Alegre, 27 de janeiro de 2021 – Após a Comissão da União Europeia conceder certificado de segurança para importação de sementes de soja com tecnologia INTACTA 2 XTEND para uso e processamento em alimentos/ração, na última sexta-feira, a plataforma passa a ser a grande aposta da Bayer para a divisão agro do Brasil em 2021.

     A opinião foi compartilhada pelo presidente do Grupo Bayer no Brasil, Marc Reichardt, e pela Líder da Divisão Crop Science da Bayer no Brasil, Malu Nachreiner, durante encontro virtual com a imprensa.

     “Com a autorização da União Europeia, nós vamos comercializar a plataforma ao longo do ano no Brasil, nosso segundo maior mercado no que diz respeito ao agro”, anuniou o presidente da Bayer no Brasil.

     Para a líder da divisão no Brasil, a Intacta 2 é o grande lançamento da empresa para a safra 2021/22. “A divisão Agro trabalha com a arte de cultivar. Precisamos ir além. Discutir novos modelos de negócios. Um dos pilares é a sustentabilidade e avançar na busca pelo carbono zero. Precisamos desenvolver um modelo de negócios que coloque a agricultura como solução para sustentabilidade”, acrescentou.

     Nachreiner destacou os três pilares estratégicos para a companhia no agronegócio: inovação, transformação digital e sustentabilidade. “Em termos de inovação somos a empresa que mais investe em pesquisa e desenvolvimento, cerca de 2,3 bilhões de euros. Buscamos a inovação focada para o produtor brasileiro, trazendo produtividade”, disse, alertando que 2021 promete ser um ano especial em termos de biotecnologia, com lançamentos previstos para milho, soja e algodão.

     Segundo a dirigente, todo investimento em inovação é um investimento em sustentabilidade. “A Bayer leva isso com muita seriedade. Mais produtividade e menor uso de recursos. O sucesso está em usar todas as ferramentas que temos disponíveis”.

     Carbono zero

     O diretor de sustentabilidade da divisão Agrícola da Bayer, Eduardo Bastos, frisou que uma das prioridades da empresa é reduzir emissão de carbono. “Queremos ajudar o produtor a aumentar a produção junto com a captura de carbono. Dá para fazer os dois. Conectar o produtor com nossas soluções para buscar melhores práticas”, disse, citando o plantio direto e a integração-lavoura-pecuária.

     Segundo o dirigente, todos os passos neste sentido envolvem a aceitação da ciência e do mercado. “Por isso estamos juntos com a Embrapa nesse processo. Estamos buscando outros parceiros na academia”, acrescentou. O projeto inicial em busca do carbono zero envolveu 450 produtores em 2020/21 e 80 mil análises.

      Na avaliação de Bastos, o desafio é grande e demanda um trabalho coletivo, tanto no Brasil quanto no exterior. “Isso será replicado em outros países. O Brasil vai ser pioneiro, buscando produzir e preservar. Agricultura é parte de soluções climáticas”, completou, lembrando que a Bayer ainda não está comprando esse carbono, projeto que deve se estender por três anos.

      Pandemia

      A relação da empresa com o produtor durante a pandemia do coronavírus também mereceu destaque durante o encontro. “Somos uma atividade presencial. Um dos maiores desafios no atípico último ano foi o de continuar próximo do produtor, mas sem o contato presencial”, disse a líder da divisão Agro da Bayer.

     “A forma que vejo é que um processo não vai eliminar o outra. Temos muita experiência com o produto digital, mas penso que a presença física vai seguir sendo essencial nesse projeto. O que não significa que não poderemos ter experiência híbrida”, afirmou Nachreiner.

     Ela lembrou que grandes feiras do setor estão sendo canceladas. “O cenário não está como esperávamos. O desafio é manter a conexão com o cliente com a variedade de estímulos que temos. Estamos concentrando em alguns canais já estabelecidos. Precisaremos de uma comunicação que seja atrativa”, completou, ressalvando que houve um excesso de lives em 2020, que esgotou todos os envolvidos. “Em 2021, buscaremos canalizar e concentrar. Ainda vamos aprender durante esse processo. Nosso pessoal continua no campo, mas com as restrições necessárias”, finalizou.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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