Porto Alegre, 19 de abril de 2022 – A inflação deve subir tanto nos países desenvolvidos como nos emergentes em 2022, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o Fundo, as recentes pressões sobre os preços no mundo refletem, em sua maior parte, desenvolvimentos anteriores à guerra na Ucrânia, já que ela tinha subido em muitas economias por causa da alta dos preços das commodities e desequilíbrios de oferta e demanda induzidos pela pandemia,
“Como resultado, projeta-se que a inflação permaneça elevada por muito mais tempo do que em nossa previsão anterior, tanto em mercados avançados quanto emergentes e economias em desenvolvimento”, diz o FMI em relatório.
O Fundo destaca que em muitos países as pressões inflacionárias tornaram-se tema central, com alguns atingindo o maior pico para o índice dos últimos 40 anos, o que faz o banco alertar para pressões sociais em alguns desses lugares.
Sob este cenário, o FMI recomenda que os bancos centrais, em geral, examinem as pressões inflacionárias e adotem um aperto monetário mais agressivo.
“Os bancos centrais precisarão ajustar suas posições monetárias ainda mais agressivamente diante das expectativas de inflação de médio ou longo prazo, à medida que o núcleo da inflação permanecer elevado.”, diz o FMI.
O documento ainda alerta que os formuladores de políticas também devem garantir que a rede global de segurança financeira opera efetivamente para ajudar economias vulneráveis a se ajustar à medida que as taxas de juros sobem na luta contra a inflação.
De acordo com as projeções, o FMI estima que os países desenvolvidos tenham uma inflação média de 5,7% este ano – ante 3,9% no relatório de janeiro, enquanto os emergentes devem ter uma média de 8,9% de inflação – ante 6,1% na estimativa anterior.
No entanto, o FMI estima que uma resolução gradual dos desequilíbrios oferta-demanda e uma modesta retomada da oferta de mão-de-obra são esperadas no plano de fundo, o que pode aliviar a inflação dos preços, apesar das incertezas. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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