Porto Alegre, 25 de novembro de 2022 – Nem tudo nesta semana foi Copa do Mundo. A indústria do café brasileira está reunida no Rio de Janeiro no Encafé, tradicional evento anual promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), que tem neste ano além da tradicional cobertura jornalística da Agência SAFRAS a participação do analista e consultor Gil Barabach, especialista em café da SAFRAS Consultoria.
Em debate, as expectativas para a próxima safra brasileira dominam as atenções, depois que os preços internacionais do café despencaram em poucos meses diante de especulações de que o Brasil poderá produzir uma grande quantidade em 2023/24.
A safra brasileira de café 2023/24 deve ficar em 55 milhões de sacas de 60 quilos. É o que acredita o presidente da Minasul (Cooperativa Agroindustrial de Varginha), José Marcos Magalhães. As floradas foram boas, mas houve déficit hídrico e queda de chumbinhos, tirando potencial produtivo. Ele participou do segundo dia do Encafé.
A estimativa se baseia em dados de Grupos Técnicos (agrônomos e técnicos) que fizeram levantamento em outubro sobre as condições das lavouras e passaram suas impressões. Em 2022, a safra ficou entre 50 e 55 milhões de sacas, observou José Marcos em entrevista exclusiva à Agência SAFRAS. Salientou que ainda há preocupação com a possibilidade de menor umidade em dezembro e janeiro. Em linhas gerais ele acredita numa safra maior que a de 2022, mas sujeito a revisões.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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