Índice de Preços de Alimentos da FAO cai pelo sexto mês consecutivo

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Porto Alegre, 14 de outubro de 2022 – O indicador para os preços mundiais de commodities alimentares caiu pelo sexto mês consecutivo em setembro, com quedas acentuadas nas cotações de óleos vegetais mais do que compensando os preços mais altos dos cereais, de acordo com um novo relatório divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

O Índice de Preços de Alimentos da FAO teve uma média de 136,3 pontos em setembro, uma queda de 1,1 por cento em relação a agosto, permanecendo 5,5 por cento acima do valor do ano anterior. O Índice acompanha as mudanças mensais nos preços internacionais de uma cesta de commodities alimentares comumente negociadas.

O Índice de Preços de Óleos Vegetais da FAO impulsionou o declínio, diminuindo 6,6% ao longo do mês, atingindo seu nível mais baixo desde fevereiro de 2021. As cotações internacionais dos óleos de palma, soja, girassol e colza foram todas mais baixas. Os estoques pesados e prolongados de óleo de palma, coincidindo com o aumento sazonal da produção no Sudeste Asiático, derrubaram os preços do óleo de palma. Maiores disponibilidades de exportação de óleo de soja na Argentina, maior oferta de óleo de girassol da região do Mar Negro e preços mais baixos do petróleo também contribuíram para a queda deste subíndice.

O Índice de Preços de Cereais da FAO, por outro lado, subiu 1,5% em relação a agosto. Os preços internacionais do trigo se recuperaram 2,2 por cento, ligados a preocupações com as condições de safras secas na Argentina e nos Estados Unidos da América, um ritmo acelerado de exportações da União Europeia em meio à alta demanda interna e maior incerteza sobre a continuação da Iniciativa de Grãos do Mar Negro além de novembro. Os preços mundiais do milho estiveram na sua maioria estáveis, uma vez que um dólar forte dos Estados Unidos contrariou a pressão de uma perspectiva de oferta mais apertada ligada a perspectivas de produção rebaixadas nos Estados Unidos da América e na União Europeia. O Índice de Preços do Arroz da FAO subiu 2,2%, em grande parte em resposta às mudanças na política de exportação na Índia.

O Índice de Preços de Lácteos da FAO caiu 0,6 por cento no mês, em grande parte refletindo o impacto do euro mais fraco em relação ao dólar dos Estados Unidos, juntamente com as incertezas do mercado e perspectivas sombrias de crescimento econômico global.

O Índice de Preços da Carne da FAO caiu 0,5%. Os preços mundiais da carne bovina caíram devido às altas disponibilidades de exportação do Brasil e à elevada liquidação do gado em alguns países produtores, enquanto os preços da carne de aves caíram devido à demanda de importação moderada. Por outro lado, os preços mundiais da carne suína subiram devido à falta de oferta de animais prontos para abate na União Europeia.

O Índice de Preços do Açúcar da FAO caiu 0,7% durante o mês de setembro, principalmente relacionado às boas perspectivas de produção no Brasil, juntamente com preços mais baixos do etanol e efeitos do movimento cambial. Com informações da FAO.

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Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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