São Paulo, 4 de fevereiro de 2025 – Em dezembro de 2024, os preços da indústria variaram 1,48% frente a novembro, acumulando alta de 9,42% no ano, quarto maior valor acumulado no ano até um mês de dezembro desde o início da série histórica, em 2014. O acumulado de 2024 foi mais de 14 pontos percentuais (p.p.) superior ao de 2023 (-4,99%), dinâmica seguida por 8 das 24 atividades industriais pesquisadas.
Em dezembro, os preços de 22 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram variações positivas ante o mês anterior. Em novembro, 18 atividades apresentaram maiores preços médios em relação a outubro. Em dezembro de 2023, o IPP havia sido de -0,20%.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).
Em dezembro de 2024, os preços das indústrias extrativas e de transformação (IPP) – ou indústria geral (IG), outra forma de se referir ao conjunto dessas atividades – variaram 1,48% quando comparados aos de novembro de 2024. Na passagem de outubro para novembro, a indústria havia variado 1,25%.
22 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram aumento de preço ante novembro. As quatro atividades com maiores variações foram: indústrias extrativas (5,14%); metalurgia (4,73%); outros equipamentos de transporte (3,26%); e fumo (2,59%).
O setor de alimentos foi o de maior destaque, responsável por 0,49 ponto percentual (p.p.) de influência na variação da indústria geral (1,48%). Outras atividades que também sobressaíram foram metalurgia, com 0,32 p.p. de influência, indústrias extrativas (0,24 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,09 p.p.).
O acumulado no ano, que em dezembro coincide com o acumulado em 12 meses, atingiu 9,42% contra 7,83% em novembro. Desta forma, o IPP encerrou 2024 com o quarto maior valor acumulado no ano até um mês de dezembro desde o início da série histórica, em 2014. Esse valor supera em mais de 14 pontos percentuais (p.p.) o registrado no acumulado de 2023, dinâmica seguida por oito das 24 atividades industriais investigadas pela pesquisa.
Entre as atividades que fecharam o ano com as maiores variações, destacam-se: metalurgia (29,29%), fumo (19,25%), madeira (17,97%) e outros equipamentos de transporte (17,68%).
Já as principais influências foram de alimentos (3,48 p.p.), metalurgia (1,71 p.p.), outros produtos químicos (0,94 p.p.) e veículos automotores (0,36 p.p.).
Entre as grandes categorias econômicas, a variação de preços de dezembro ante novembro foi: 1,40% em bens de capital (BK); 1,74% em bens intermediários (BI); e 1,11% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de 0,05%, e nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de 1,32%.
Bens intermediários foi a principal influência entre as grandes categorias econômicas, com peso de 55,26% no índice geral e responsável por 0,96 p.p. da variação de 1,48% nas indústrias extrativas e de transformação. Bens de consumo teve influência de 0,42 p.p., e bens de capital de 0,11 p.p. No caso de bens de consumo, a influência observada em dezembro se divide em 0,00 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e 0,41 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
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