Porto Alegre, 27 de março de 2025 – O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE se manteve relativamente estável ao variar 0,1 ponto em março, para 98,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,4 ponto, também para 98,4 pontos.
“A confiança da indústria ficou estável pelo segundo mês e ratifica o cenário de cautela dos empresários quanto à situação dos negócios. Apesar da piora na ponta, os estoques seguem em níveis satisfatórios. As expectativas de curto prazo, de produção e contratação, avançam no mês, mas não parecem refletir em otimismo do empresário, uma vez que num horizonte de tempo maior, de seis meses, o sentimento dos empresários sugere pessimismo, principalmente nos segmentos relacionados aos bens intermediários. Apesar do momento de estabilidade da confiança, o ciclo de alta da taxa de juros para conter o aumento da inflação, em conjunto com a expectativa geral de desaceleração da economia podem refletir em um cenário difícil para a indústria em 2025”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Em março, houve queda da confiança em 10 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete relativa estabilidade tanto nas avaliações sobre a situação atual como nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) subiu 0,1 ponto, para 100,5 pontos. O Índice de Expectativas (IE) avançou 0,1 pontos, para 96,4 pontos.
Sinais distintos nos indicadores que compõe ISA e IE
Entre os quesitos integrantes do ISA, houve melhora na situação atual dos negócios, ao avançar 1,6 pontos, para 97,7 pontos, após recuar por quatro meses consecutivos. Em menor magnitude, o indicador que mede o nível atual de demanda avançou 0,4 ponto, para 100,8 pontos. Após dois meses de melhora, o nível de estoques, piorou 1,8 ponto no mês, para 97,1 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).
Em relação às expectativas, houve queda na tendência dos negócios nos próximos seis meses e melhora das perspectivas sobre a produção e no ímpeto de contratações. O indicador que mensura o ímpeto sobre as contratações subiu 1,2 ponto, para 101,4 pontos. No mesmo sentido, o indicador que mede a produção nos três meses seguintes recuperou 1,5 ponto, para 96,6 pontos, após a queda mais forte no mês passado. No sentido contrário a tendência dos negócios para os próximos seis meses recuou 2,4 pontos para 91,6 pontos, quinta queda consecutiva e acumulando piora de 9,3 pontos desde agosto de 2024.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) subiu 0,6 ponto percentual em março, para 81,5%.
As informações são da Fundação Getúlio Vargas.
Revisão: Rodrigo Ramos / Agência Safras News
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