Imea prevê produção de algodão de 1,66 mi de t de pluma para 2020/21 em MT

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     Porto Alegre, 13 de abril de 2021 – A sétima estimativa de safra divulgada pelo Imea, trouxe a consolidação da área de algodão em Mato Grosso e consequente ajuste na previsão de produção para o estado. Assim, a área total ficou firmada em 942,37 mil hectares, sendo previsto 135,89 mil hectares ao cultivo da primeira safra, enquanto 806,48 mil hectares para segunda safra. Deste modo, a área apresentou recuou de 16,76% em relação à safra 19/20 e queda 6,89% em comparação com o último levantamento – a menor área dos últimos dois anos.

     Com o atraso na semeadura da soja e consequentemente a postergação da colheita da oleaginosa, o produtor do estado teve uma janela de plantio apertada e, com os altos custos com a produção do algodão, muitos cotonicultores decidiram reduzir a área ou até mesmo não plantar nesta temporada.

     Ademais, mesmo com a queda nas áreas no estado, a participação da primeira safra de algodão foi maior neste ano (14,42%), devido ao reposicionamento de algumas áreas de segunda para primeira safra e ao abandono de alguns talhões de soja que precisariam ser ressemeados.

    No que tange ao rendimento, as lavoras vem apresentando desenvolvimento dentro do esperado até o momento, assim diante do atual cenário, à produtividade foi mantida em 285,48@/ha (ou 4.282/kg), recuo de 6,91% em relação à safra 19/20. Contudo, com o grande percentual de áreas semeadas fora da janela ideal de cultivo e as previsões climáticas em abril e maio apontando para menores chuvas deixam dúvida sobre o possível impacto na produtividade ou até mesmo na qualidade da fibra até o final do desenvolvimento da cultura.

     Por fim, com a consolidação da área e a manutenção da produtividade, a produção da safra 2020/21 ficou estimada em 4,04 milhões de toneladas de algodão em caroço e 1,66 milhão de toneladas de pluma de algodão, o que representa uma diminuição de 23,30% ante a safra 2019/20.

     As informações constam na Estimativa de Safra do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola.

     Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

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