Porto Alegre, 6 de outubro de 2022 – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) cai 1,22% em setembro. O Termômetro CMA esperava queda de 0,84%. No mês anterior a taxa havia sido de -0,55%. Com este resultado, o índice acumula alta de 5,54% no ano e 7,94% em 12 meses. Em setembro de 2021, o índice havia caído -0,55% e acumulava elevação de 23,43% em 12 meses.
“Os preços de commodities e combustíveis continuam a orientar a desaceleração do IPA e do IPC. Contudo, o IPA antecipa maior contração das pressões inflacionárias. O índice de difusão – que mede o percentual de produtos e serviços com elevação em seus preços – vem apresentando importante recuo. Em setembro de 2021, 69% dos itens componentes do IPA estavam subindo de preço, já em setembro de 2022, o percentual caiu para 30%. No IPC, o número de item com aumento de preço também recuou, passando de 65% em setembro de 2021 para 58% em setembro de 2022”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,68% em setembro. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de -0,63%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,90% em agosto para -0,41% em setembro. O principal responsável este avanço foram os alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,15% para 4,99%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,04% em setembro, contra queda de 0,24% em agosto.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,92% em agosto para -2,46% em setembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -0,24% para -1,72%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,28% em setembro, ante queda de 0,29% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas do IGP-DI intensificou a queda em sua taxa de variação, a qual passou de -0,04% em agosto para -1,95% em setembro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: leite in natura (10,84% para -6,92%), cana-de-açúcar (-0,13% para -1,14%) e aves (1,04% para -1,42%). Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (-3,80% para -3,27%), soja em grão (-1,30% para -0,92%) e café em grão (-0,94% para -0,58%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,02% em setembro, após queda de 0,57% em agosto. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (0,46% para 4,36%), Transportes (-3,56% para -2,63%), Habitação (-0,09% para 0,40%) e Comunicação (-1,03% para -0,52%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: passagem aérea (2,07% para 23,75%), gasolina (-11,62% para -8,68%), tarifa de eletricidade residencial (-2,33% para -0,07%) e tarifa de telefone móvel (-2,26% para 0,13%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,07% para -0,29%), Despesas Diversas (0,36% para 0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,77% para 0,59%) e Vestuário (0,53% para 0,38%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: laticínios (2,64% para -4,86%), cigarros (2,45% para 0,28%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,65% para 0,49%) e roupas (0,69% para 0,24%). As informações são da Fundação Getúlio Vargas.
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Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS
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