IGP-DI de outubro tem deflação de 0,62%

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IGP-DI

Porto Alegre, 8 de novembro de 2022 – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) cai 0,62% em outubro. O Termômetro CMA esperava queda de 0,7%. No mês anterior, a taxa havia sido de -1,22%. Com este resultado, o índice acumula alta de 4,89% no ano e 5,59% em 12 meses. Em outubro de 2021, o índice havia subido 1,60% e acumulava elevação de 20,95% em 12 meses.

A inflação ao produtor segue em terreno negativo. Inúmeras commodities de peso estão registrando queda em seus preços. Minério de ferro (de -3,27% para -5,01%), leite in natura (de -6,92% para -8,17%), adubos ou fertilizantes (de -2,23% para -9,98%) e café (de -0,58% para -10,37%) são alguns dos principais exemplos. Já no âmbito do consumidor, a inflação acelera à medida que os preços dos combustíveis passam a mostrar queda menos intensa. Os preços da gasolina (de -8,68% para -1,44%), por exemplo, caíram menos nesta edição do IGP-DI”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,04% em outubro. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de -1,68%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,41% em setembro para 0,25% em outubro. O principal responsável este avanço foram os combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de para -8,46% para -1,06%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,08% em outubro, contra queda de 0,04% em setembro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -2,46% em setembro para -0,53% em outubro. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -1,72% para 0,50%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,30% em outubro, ante queda de 1,28% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas intensificou a queda em sua taxa de variação, a qual passou de -1,95% em setembro para -2,79% em outubro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: café em grão (-0,58% para -10,37%), minério de ferro (-3,27% para -5,01%) e algodão em caroço (-1,57% para -12,25%). Em sentido oposto, vale citar, bovinos (-4,09% para -1,96%), mandioca/aipim (3,61% para 7,71%) e suínos (-4,80% para 4,06%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,69% em outubro, após variar 0,02% em setembro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (-2,63% para -0,19%), Alimentação (-0,29% para 0,74%), Habitação (0,40% para 0,58%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,59% para 0,85%), Vestuário (0,38% para 0,73%) e Despesas Diversas (0,04% para 0,19%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (-8,68% para -1,44%), laticínios (-4,86% para -1,49%), taxa de água e esgoto residencial (0,21% para 3,35%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,49% para 1,62%), roupas (0,24% para 0,92%) e alimentos para animais domésticos (-0,07% para 1,25%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (4,36% para 3,07%) e Comunicação (-0,52% para -0,73%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: passagem aérea (23,75% para 14,06%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-1,16% para -1,86%). As informações são da Fundação Getúlio Vargas.

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     Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

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