Porto Alegre, 7 de março de 2023 – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) 1 variou 0,04% em fevereiro. O Termômetro CMA esperava estabilidade. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,06%. Com este resultado, o índice acumula alta de 0,09% no ano e de 1,53% em 12 meses. Em fevereiro de 2022, o índice havia subido 1,50% e acumulava elevação de 15,35% em 12 meses.
“Apesar da queda menos intensa registrada pelo índice ao produtor (de -0,19% para -0,04%), os demais índices componentes do índice geral desaceleraram, mantendo praticamente estável a variação média do IGP. A inflação ao consumidor (de 0,80% para 0,34%) recuou dada a desaceleração do grupo Educação, Leitura e Recreação e a inflação para a construção civil (de 0,46% para 0,05%) cedeu diante da alta menos intensa registrada para os preços dos Materiais, Equipamentos e Serviços e da Mão de Obra”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,04% em fevereiro. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 0,19%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,04% em janeiro para 0,21% em fevereiro. O principal responsável pela aceleração da taxa foi o item combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,31% para 3,84%.
O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,49% em fevereiro, contra alta de 0,15% em janeiro. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,19% em janeiro para -0,70% em fevereiro. O principal responsável pela queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -3,98% para -3,54%.
O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,12% em fevereiro, ante queda de 0,60% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 0,44% em fevereiro, após subir 0,79% em janeiro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (7,05% para 2,63%), soja em grão (-1,53% para -3,06%) e bovinos (-1,08% para -2,37%). Em sentido oposto, vale citar, café em grão (0,92% para 10,07%), leite in natura (0,03% para 3,07%) e cana-de-açúcar (-0,70% para 0,72%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,34% em fevereiro, após subir 0,80% em janeiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (3,28% para -0,80%), Alimentação (0,48% para -0,03%), Transportes (0,92% para 0,43%) e Comunicação (0,73% para 0,67%).
Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: cursos formais (7,45% para 0,00%), hortaliças e legumes (-0,27% para -7,09%), gasolina (1,12% para -0,26%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (1,66% para 0,96%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (0,26% para 0,60%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,84%), Vestuário (-0,08% para 0,36%) e Despesas Diversas (0,97% para 1,01%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: aluguel residencial (-1,08% para 2,71%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,17% para 1,35%), roupas (-0,20% para 0,49%) e serviços bancários (1,26% para 1,49%).
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As informações são da Fundação Getúlio Vargas.
Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS
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