Porto Alegre, 17 de novembro de 2023 – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,52% em outubro. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,18%. Com esse resultado, o índice acumula variação de -4,65% no ano e de -4,88% em 12 meses. Em outubro de 2022, o índice caíra 1,04% no mês e acumulava elevação de 7,44% em 12 meses.
“O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou um incremento de 0,52%, estabelecendo a maior taxa de variação desde julho de 2022, quando subira 0,60%. Os três índices componentes do IGP-10 registraram avanços em suas taxas de variação, com ênfase no Índice de Preços ao Produtor (IPA). No contexto do IPA, o preço do minério de ferro desempenhou um papel central, experimentando um significativo aumento de 7,31%. Essa elevação foi impulsionada pela política de apoio econômico adotada pela China, que é o maior consumidor global desse produto”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,61% em outubro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 0,23%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,14% em setembro para -0,04% em outubro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,29% para 0,66%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,36% em outubro. No mês anterior, a taxa caiu 0,51%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,14% em setembro para 0,99% em outubro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 15,34% para 4,32%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,37% em outubro, contra queda de 1,11%, no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -0,44% em setembro para 0,84% em outubro. As principais contribuições para o avanço da taxa do grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (2,81% para 7,31%), bovinos (-8,91% para -0,16%) e cana-de-açúcar (0,11% para 2,48%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (3,16% para -1,20%), mandioca/aipim (1,52% para -5,38%) e leite in natura (-5,67% para -6,52%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,25% em outubro. Em setembro, o índice variara 0,02%. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-1,32% para 2,10%), Vestuário (-0,36% para 0,04%), Despesas Diversas (-0,27% para 0,00%), Alimentação (-0,69% para -0,61%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,01% para 0,02%) e Comunicação (0,08% para 0,09%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-9,14% para 13,96%), roupas (-0,42% para -0,06%), serviços bancários (-0,42% para 0,12%), aves e ovos (-1,37% para -0,09%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,91% para -0,77%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,01% para 0,26%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (1,19% para 0,44%) e Habitação (0,42% para 0,39%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (3,42% para 0,89%) e tarifa de eletricidade residencial (1,84% para 0,28%).
As informações são da Fundação Getúlio Vargas.
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Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS
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