IGP-10 sobe 3,51% em novembro, indica FGV

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     Porto Alegre, 16 de novembro de 2020 – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 3,51% em novembro. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 3,20%. Com este resultado, o índice acumula alta de 21,76% no ano e de 23,82% em 12 meses. Em novembro de 2019, o índice subira 0,19% no mês e acumulava elevação de 3,33% em 12 meses.

      “O IPA segue influenciando o resultado do IGP. As pressões que se acumulam nas matérias-primas brutas do índice ao produtor gradualmente chegam aos outros estágios de produção, cujas taxas em 12 meses dobraram de agosto para novembro: bens finais (8,17% para 16,83%) e bens intermediários (8,14% para 18,29%). Os demais componentes do IGP: IPC (0,98% para 0,55%) e INCC (1,51%) apresentaram respectivamente recuo e estabilização em suas taxas de variação”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

     O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 4,59% em novembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 4,06%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 2,66% em outubro para 2,94% em novembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 4,93% para 10,85%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 2,31% em novembro. No mês anterior, a taxa havia sido 2,82%.

     A taxa do grupo Bens Intermediários variou de 3,40% em outubro para 4,23% em novembro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -6,19% para 3,64%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 4,31% em novembro, ante 4,78% no mês anterior.

     O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 5,77% em outubro para 6,19% em novembro. As principais contribuições para este avanço partiram dos seguintes itens: milho em grão (9,16% para 20,85%), soja em grão (13,96% para 13,87%) e algodão em caroço (7,39% para 21,50%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens arroz em casca (19,79% para 0,94%), leite in natura (5,98% para -0,15%) e minério de ferro (-0,44% para -1,40%).

     O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,55% em novembro. Em outubro, o índice havia apresentado taxa de 0,98%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (4,11% para 0,40%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de 54,11% para 3,03%.

     Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (2,10% para 1,54%), Habitação (0,40% para 0,25%) e Despesas Diversas (0,20% para -0,04%). Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: laticínios (2,82% para -0,35%), tarifa de eletricidade residencial (0,19% para -0,04%) e conserto de aparelho telefônico celular (0,99% para -0,47%).

     Em contrapartida, os grupos Transportes (0,43% para 0,66%), Vestuário (0,11% para 0,27%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,07% para 0,08%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. As principais contribuições para este movimento partiram dos itens gasolina (0,76% para 1,28%), roupas (0,12% para 0,23%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,03% para 0,18%). 

     Já o grupo Comunicação repetiu a taxa do outubro, que foi de 0,06%. Em sentido ascendente destaca-se o item combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,01% para 0,09%) e em sentido descendente, mensalidade para TV por assinatura (0,03% para -0,21%).

     O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) voltou a subir 1,51%, a mesma taxa do mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (3,83% para 3,47%), Serviços (0,39% para 0,57%) e Mão de Obra (0,07% para 0,24%).

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