São Paulo, 13 de dezembro de 2024 – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,14% em dezembro, desacelerando em relação à alta de 1,45% registrada no mês anterior. De janeiro a dezembro de 2024, o índice acumulou elevação de 6,61%. Em dezembro de 2023, o IGP-10 havia registrado a variação mensal de 0,62%, porém acumulava uma queda de 3,56% no período de 12 meses.
“Todos os índices componentes do IGP registraram desaceleração no mês de dezembro. No IPA, as principais commodities geram menor pressão de preços, com destaque para bovinos e milho em grão, que iniciaram um movimento de reversão das altas ocorridas nos últimos meses. Os preços ao consumidor ainda estão sendo impactados pela energia elétrica residencial, que teve a adoção de bandeira tarifária menor em relação ao mês anterior. No INCC, materiais, equipamentos e serviços influenciaram a ligeira desaceleração do índice em dezembro”, destacou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou alta de 1,54%, porém com intensidade menor que à taxa de 1,88% observado no mês anterior. Ao analisar os estágios de processamento com mais detalhe, os preços dos Bens Finais apresentaram variação de 1,29% no mês, um aumento em comparação com a taxa de 1,14% registrada em novembro. Esse movimento foi impulsionado principalmente pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 3,17% para 4,03%. Já o índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,73% em dezembro, após alta de 1,37% no mês anterior.
No grupo de Bens Intermediários, a taxa avançou de 0,01% em novembro para 0,57% em dezembro. Esse comportamento foi impulsionado pelo aumento nos preços do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, que passou de -0,01% para 0,71%. Excluindo-se o impacto do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de Bens Intermediários (ex) registrou aumento de 0,66% em dezembro, superior à taxa de 0,11% observada no mês anterior.
A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 4,69% em novembro para 2,81% em dezembro. As principais contribuições para a desaceleração desse grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (7,58% para 2,22%), bovinos (15,20% para 7,22%) e soja em grão (4,02% para 1,08%). Em sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: café em grão (2,05% para 21,84%), suínos (3,69% para 7,93%) e cacau (-0,73% para 8,78%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,02% em dezembro. Em novembro, o índice subira 0,23%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (0,04% para -1,57%), Vestuário (0,26% para -0,26%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,26% para 0,11%) e Comunicação (0,08% para 0,06%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-0,17% para -6,78%), calçados (0,49% para -0,97%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,06% para -0,69%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,24% para 0,00%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,74% para 1,12%), Despesas Diversas (0,21% para 1,02%), Educação, Leitura e Recreação (-0,27% para -0,09%) e Transportes (0,17% para 0,23%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: carnes bovinas (5,22% para 6,73%), cigarros (1,18% para 8,25%), passagem aérea (-2,87% para -1,04%) e tarifa de táxi (0,00% para 4,11%).
Em dezembro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou alta de 0,42%, ligeiramente inferior à taxa de 0,58% registrada em novembro. Analisando os componentes do INCC, observam-se variações entre os grupos. Em dezembro, o grupo Materiais e Equipamentos registrou taxa de 0,46%, ante alta de 0,58% observada no mês anterior. Enquanto o grupo Serviços apresentou queda acentuada, passando de um crescimento 0,32% em novembro para -0,24% em dezembro. Já a Mão de Obra obteve uma desaceleração, passando de 0,62% em novembro para 0,48% em dezembro.
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Camila Brunelli / Safras News
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