São Paulo, 23 de abril de 2025 – A Hypera Pharma reportou prejuízo líquido das operações continuadas de R$ 138,8 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), revertendo o lucro líquido das operações continuadas de R$ 391,5 milhões registrado em igual período do ano anterior, consequência da diminuição do ebit das operações continuadas por conta do processo de otimização de capital de giro iniciado em 2024. O prejuízo líquido do 1T25 foi de -R$ 141,1 milhões, ante lucro líquido de R$ 388,9 milhões no 1T24.
Entre janeiro e março deste ano, a receita líquida somou R$ 1,080 bilhão, queda de 40,8% na comparação anual. A companhia disse que o resultado não acompanhou o ritmo de crescimento do sell-out no trimestre, em razão do avanço no processo de otimização de capital de giro anunciado em 2024. A empresa disse que busca incremento da geração de caixa “(i) pela redução dos estoques nos clientes e a consequente redução dos dias de contas a receber; e (ii) pelo aumento esperado da rentabilidade da Companhia, principalmente por conta da redução das devoluções, dos descontos e dos descartes.”
A empresa apresentou crescimento de 6,9% do sell-out, que considera o preço médio de compra pelas farmácias e redes, no trimestre, consequência principalmente: (i) do crescimento de 6,0% do sell-out no varejo farmacêutico, alinhado ao crescimento de 5,8% de mercado das categorias em que a companhia atua; e (ii) do avanço de 20,6% do sell-out no Mercado Institucional, permitindo que a Hypera Pharma aumentasse seu market share nesse segmento em mais um trimestre. Nesse mesmo período, o crescimento do mercado farmacêutico total foi de 11,3%, beneficiado principalmente pelo crescimento de 28,8% dos medicamentos protegidos por patentes, disse a companhia, no relatório.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas do período também foi negativo, de -R$ 148,5 milhões, ante R$ 647,8 milhões na comparação anual. O resultado negativo é consequência, principalmente, “do processo de otimização de capital de giro iniciado em 2024, que resultou: (i) na redução de 33,1% da Receita Bruta, líquida de Devoluções e Descontos Incondicionais nesse trimestre, com o objetivo de diminuir os estoques nos clientes e, consequentemente, os dias de contas a receber; e (ii) na redução da Margem Bruta por conta da alteração do mix de produtos vendidos e da menor alavancagem operacional”, detalhou a companhia.
Os gastos com vendas, gerais e administrativa, excluindo marketing e P&D, cresceram 21,2% e somaram R$ 86,2 milhões, reflexo, sobretudo, da redução de 11,9% dessas despesas no 1T24, na comparação com o 1T23, por conta do menor patamar de gastos com folha de pagamento relacionado às equipes administrativas e da redução das despesas com consultorias naquele período. Na comparação com o 1T23, o crescimento das Despesas Gerais e Administrativas no 1T25 foi de 6,7%.
Ao final do trimestre, o endividamento líquido era de R$ 7,572 bilhões, leve baixa na comparação com a dívida de R$ 7,658 bilhões em 31 de dezembro de 2024.
O fluxo de caixa livre da Hypera subiu 9,2% no período, para R$ 348,2 milhões no 1T25.
