A Hapvida registrou lucro líquido de R$ 167,8 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 82 milhões no mesmo período de 2023. Em 2024, o lucro líquido somou R$ 270,3 milhões, de resultado negativo de R$ 828,4 milhões em 2023.
O Lucro Líquido Ajustado pelas despesas de incentivos de Longo Prazo (ILP), despesas não recorrentes e Amortização de Carteira de Clientes e Marcas & Patentes, totalizou R$514,7 milhões no 4T24 e R$ 1,836 bilhão no 2024, um aumento de R$255,8 milhões na comparação com o 4T23 e R$ 1,2 bilhão com relação ao 2024.
No trimestre, a receita líquida alcançou R$ 7,472 bilhões no 4T24 e R$ 28,952 bilhões em 2024, crescimentos de 7,8% e 5,8% acima do 4T23 e 2023, respectivamente, beneficiados principalmente pelo crescimento da linha de Planos de Saúde e Odontológicos, resultado dos reajustes de preços necessários para o equilíbrio financeiro dos contratos, da recomposição dos tickets médios e do crescimento do número de beneficiários (+4,6 mil versus 4T23). Essa estratégia mais do que compensou a redução de Receita de Serviços Médico-hospitalares e a descontinuidade de Outras Atividades.
O ebitda ajustado do 4T24 foi de R$ 1,063 bilhão (14,2% ROL), crescimento de 19,4% e 39,3% frente ao 4T23 e 3T24, respectivamente.
“A Companhia manteve sua trajetória de recuperação, com forte geração de caixa, redução da alavancagem, melhoria de margem, ampliação dos investimentos na qualificação e expansão de sua Rede Própria e finalização do processo de integração de sistemas. A estratégia de subscrição responsável e gestão disciplinada dos custos possibilitaram que a Sinistralidade Caixa apresentasse uma importante redução de 2,7p.p. versus o ano anterior, além de melhor desempenho comercial, apresentando no trimestre crescimento líquido de 20 mil beneficiários de saúde. Permanecemos na consolidação do nosso modelo de negócios sempre visando a sustentabilidade a longo prazo”, comentou a empresa.
A carteira de beneficiários de saúde era de 15,801 milhões ao final do trimestre, queda de 0,4% ante igual intervalo de 2023. Do total, 8,869 milhões representavam planos de saúde e 6,932 milhões planos odontológicos.
O ticket médio de planos de saúde subiu 10,2% no 4T24, na comparação anual, e totalizou R$ 282,8 por mês. No segmento odonto, o ticket médio subiu de R$ 10,4 por mês para R$ 11,2 por mês na mesma base comparativa.
“Encerramos 2024 com 86 hospitais, 77 unidades de pronto atendimento, 352 clínicas e 292 unidades de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, totalizando assim 807 unidades assistenciais próprias em todo o país”, comentou a empresa nos destaques operacionais.
“Ao longo de 2024, nossas redes própria e credenciada foram responsáveis pela realização de mais de 2 milhões de diárias de internação (+4,5% vs. 2023), 47 milhões de consultas ambulatoriais e de urgência (+6,4% vs. 2023), 141 milhões de exames de imagem e análise clínica (-2,5% vs. 2023) e 29 milhões de sessões de terapia (+8,4% vs. 2022). Esse aumento do volume de atendimentos foi possível graças aos investimentos na estrutura própria com reforço de equipes médicas e redução dos prazos de agendamentos, aumentando os níveis de satisfação de nossos beneficiários ao mesmo em que a sinistralidade apresentou melhora no período.”
A sinistralidade caixa alcançou 67,9% ao final do quarto trimestre, de 69,33% no mesmo intervalo de 2023.
A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, alcançou 1,06 vez no período, de 1,43 vez no 4T23.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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