São Paulo, 16 de julho de 2025 – A Eneva divulgou o resultado operacional do segundo trimestre de 2025 (2T25), com geração de energia bruta de 1.872 GWh no período, aumento de 120% frente ao volume do segundo trimestre de 2024 (2T24), impulsionada pelo crescimento de 381% da geração do Complexo Parnaíba.
A geração dos ativos termelétricos no 2T25 atingiu 1.533 GWh, aumento de 1.052 GWh em relação ao mesmo trimestre de 2024, refletindo, principalmente, o maior despacho médio no Complexo Parnaíba, que atingiu 32% no 2T25 frente a 7% no 2T24, com o aumento do despacho por ordem de mérito no período.
Segundo o comunicado, a antecipação dos contratos do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021 para as UTEs Viana, Parnaíba IV e Geramar I e II, adicionam receitas incrementais de até 1 ano entre 2025 e 2026.
O Complexo Solar Futura 1 é composto pelas UFVs Futura 1 a 22 totalizando 692,4 MWac de capacidade instalada. A disponibilidade média do Complexo Futura foi de 98% no 2T25. A irradiância registrou desempenho superior aos parâmetros de projeto, em decorrência das condições climáticas favoráveis ao longo do 2T25.
Por outro lado, os cortes de geração (curtailments) relacionados às restrições impostas pelo ONS, somaram 68,6 GWh no 2T25, em função, sobretudo, da sobreoferta de energia elétrica produzida na região, associada às limitações do sistema de transmissão. Como reflexo das restrições impostas, a geração líquida do Complexo Futura atingiu 337 GWh no 2T25, redução de 8,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, cujo trimestre apresentou menores volumes de geração frustrada por restrição da ONS.
No 2T25, a produção de gás natural da Eneva totalizou 0,37 bilhão de metros cúbicos (bcm), sendo 0,31 bcm no Complexo Parnaíba e 0,06 bcm na Bacia do Amazonas, direcionado ao suprimento da UTE Jaguatirica II. A Companhia encerrou o 2T25 com um total de reservas 2P de gás natural de 45,4 bcm, sendo 35,7 bcm de reservas nos campos da Bacia do Parnaíba e 9,7 bcm na Bacia do Amazonas. Este volume reflete o saldo das reservas certificadas pela Gaffney, Cline & Associates (GCA), referentes a 31 de dezembro de 2023, descontando o consumo de gás acumulado no ano de 2024 e no 1S25.
O 2T25 registrou volumes de precipitações e Energia Natural Afluente (ENA) menores do que as médias históricas dos últimos 10 anos nos subsistemas Norte e Nordeste e em linha com o histórico no subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE-CO). O subsistema Sul, por sua vez, apresentou duas situações atípicas extremas no período: níveis de ENA abaixo das médias históricas em abril e maio/25, e o retorno de elevados volumes de precipitações em junho/25, com ENA média mensal superando o histórico.
Os volumes de Energia Armazenada (EARM) nos reservatórios hídricos apresentaram comportamentos díspares ao longo do 2T25 nos submercados, tendo se mantido em patamares semelhantes aos do fechamento do 1T25 ao longo de todo o trimestre nos subsistemas SE-CO e Norte e abaixo dos volumes médios do trimestre anterior no Nordeste e Sul ao longo de quase todo o período, com reversão de tendência no Sul e queda excepcionalmente em junho/25 com as fortes chuvas registradas, encerrando o 2T25 com volume de EARM 20 p.p. acima do valor de março/25. Mesmo com as ligeiras reduções nos volumes de armazenamento no SIN de forma geral, os volumes de EARM em todos os subsistemas ainda se encontravam acima das médias históricas ao fechamento do 2T25.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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