Porto Alegre, 11 de novembro de 2020 – Os preços dos contratos futuros de petróleo perderam fôlego, mas ainda assim fecharam o dia em alta, embalados pela expectativa de que uma vacina contra a covid-19 possa estar próxima. A sinalização de que os estoques norte-americanos da commodity tiveram uma nova baixa também apoiou os ganhos.
“Os preços avançaram, alcançando o topo da faixa prevista de preços, mas depois mostraram sinais de exaustão”, disse o analista da FX Empire, Christopher Lewis.
Desde segunda-feira, os futuros têm registrado avanços expressivos, chegando a atingir os maiores níveis em mais de cinco meses, com a notícia de que a candidata à vacina da norte-americana Pfizer e da alemã BioNTech foi mais de 90% eficaz com base nos resultados dos testes iniciais.
A expectativa é de que a vacina possa ser apresentada antes que os efeitos das medidas restritivas adotadas para conter a segunda onda de covid-19 na Europa e a possibilidade de que sejam implementadas nos Estados Unidos enfraqueça ainda mais a demanda por combustíveis no mundo.
“Neste momento, o mercado provavelmente verá o aumento dos preços como uma oportunidade de lucrar, porque, francamente, embora a vacina tenha sido anunciada, a realidade é que estamos muito longe da expansão econômica à escala que os traders parecem para acreditar”, acrescentou Lewis.
A perspectiva de redução de estoques de petróleo nos Estados Unidos também ajudou a alavancar as cotações. De acordo com o American Petroleum Institute (API) – grupo que reúne as refinarias norte-americanas – as reservas do país caíram em 5,1 milhões de barris na semana encerrada em 6 de novembro. Os dados oficiais serão divulgados amanhã, às 13h, em função do feriado do Dia do Veterano celebrado hoje.
Após subir mais de 3% no início do dia, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex e entrega em dezembro fechou com alta de 0,22%, cotado a US$ 41,45 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE com entrega para janeiro avançou 0,44%, cotado a US$ 43,80 barril.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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