Porto Alegre, 04 de agosto de 2021 – Os preços dos contratos futuros de petróleo terminaram a terceira sessão seguida com perdas, depois que a queda dos estoques da commodity nos Estados Unidos não conseguiu reduzir toda a pressão vinda dos temores de que a disseminação da variante Delta do coronavírus nos principais países consumidores prejudique a demanda global por combustíveis.
“Para o mercado de petróleo, as preocupações em torno da variante Delta que estão segurando os preços. Os temores sobre bloqueios na China e relatórios da China National Petroleum dizendo que a demanda pode cair 5% no curto prazo estão pesando sobre a confiança do mercado, embora os números de estoque nos Estados Unidos estejam caindo”, disse o analista sênior de mercado do The Price Futures Group, Phil Flynn.
De acordo com o Departamento de Energia norte-americano, as reservas de petróleo do país caíram em 3,6 milhões de barris na semana encerrada em 30 de julho. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam queda menor, de 2,7 milhões de barris para o período. Na mesma direção, os estoques de gasolina baixaram mais do que o projetado. Na contramão, os volumes dos demais derivados subiram ante expectativa de diminuição.
Os investidores, no entanto, estão concentrados nos efeitos da variante Delta sobre a demanda. Os Estados Unidos e a China, os dois maiores consumidores de petróleo do mundo, estão lutando contra os surtos da variante Delta – detectada inicialmente na India e altamente contagiosa – ameaçando limitar a demanda por combustível em um momento em que tradicionalmente há aumento em ambos os países.
Na China, a disseminação da variante Delta da costa para as cidades do interior levou as autoridades a impor medidas rígidas para controlar o surto.
Com isso, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para setembro caiu 3,42%, cotado a US$ 68,15 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro recuou 2,80%, cotado a US$ 70,38 o barril.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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