Porto Alegre, 28 de outubro de 2020 – O mercado de petróleo não resistiu ao aumento de casos de covid-19 pelo mundo, que suscitou a reintrodução de medidas mais duras para tentar conter o vírus, e ao incremento dos estoques nos Estados Unidos – uma combinação que fez os contratos futuros da commodity terminarem o dia em forte queda, com o WTI no menor nível em três semanas.
O estopim para a aceleração das perdas, que fizeram com que as cotações caíssem quase 7%, foi o anúncio do governo alemão de um bloqueio parcial que deve durar um mês. Na tentativa de conter a segunda onda de covid-19 no país, a chanceler Angela Merkel ordenou o fechamento de bares, restaurantes, cinemas e academias em novembro.
A decisão despertou o temor de que outros países, a exemplo de França e Espanha, façam o mesmo e a demanda por combustíveis se enfraqueça ainda mais.
“O movimento de hoje dos preços foi um reflexo das medidas da Europa e do temor de que a União Europeia possa fechar fronteiras novamente” disse o analista da FX Empire, Christopher Lewis.
Somou-se ao cenário de demanda frágil o fato de os estoques norte-americanos de petróleo terem subido pela primeira vez em duas semanas. De
acordo com dados do Departamento de energia norte-americano, as reservas de petróleo do país subiram em 4,3 milhões de barris na semana encerrada em 23 de outubro. Analistas previam alta bem menor, de 800 mil barris.
Com isso, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex e entrega em dezembro caiu 5,51%, cotado a US$ 37,39 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE com entrega para o mesmo mês recuou 5,05%, cotado a US$ 39,12 barril.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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