Porto Alegre, 17 de junho de 2021 – Após caírem mais de 3%, os preços dos contratos futuros de petróleo reduziram as perdas e terminaram o dia com queda superior a 1% em meio a um movimento de aversão ao risco e também pela valorização do dólar.
“Fatores técnicos bem como um dólar forte pesaram sobre os preços. Os indicadores técnicos de sobrecompra encorajaram a realização de lucros depois que os mercados registraram uma alta de 17 sessões, enquanto o dólar forte reduziu a demanda externa pela commodity”, disse o analista da FX Empire, James Hyerczyk.
O movimento de aversão ao risco e valorização do dólar aconteceu enquanto os investidores estão digerindo a reunião de ontem do que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deixou a porta aberta para a retirada da acomodação monetária.
Com isso, o dólar registrou seu maior ganho diário em 15 meses na esteira das projeções de que o Fed irá elevar a taxa de juros de seu nível atual perto de zero em um ritmo muito mais rápido do que projetado anteriormente.
Um dólar mais forte torna commodities denominadas na moeda norte-americana como o petróleo menos atrativas a detentores de outras divisas.
Além do câmbio, o ímpeto de alta do petróleo também está sendo interrompido pelos dados semanais do Departamento de Energia norte-americano, mostrando que a produção de petróleo do país atingiu a maior nível em 13 meses ao alcançar 11,2 milhões de barris por dia.
Hyerczyk chama atenção ainda para as negociações nucleares indiretas entre o Irã e os Estados Unidos. “Os compradores estiveram um pouco cautelosos com as preocupações sobre um possível acordo nuclear entre os Estados Unidos e o Irã, embora a proximidade da eleição no Irã possa atrapalhar as negociações e manter as sanções norte-americanas sobre as exportações de petróleo do Irã em vigor”, acrescentou ele.
O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para julho caiu 1,54%, cotado a US$ 71,04 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para agosto recuou 1,76%, cotado a US$ 73,08 o barril.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2021 – Grupo CMA