Futuros do petróleo caem com preocupações por atraso em reunião da Opep

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    São Paulo, 23 de novembro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam a sessão em queda, devido às expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não aprofundaria os cortes na produção no próximo ano, depois que o grupo de produtores adiou sua próxima reunião.

A atividade de negociação foi contida devido ao feriado público de Ação de Graças nos Estados Unidos. Em uma jogada surpreendente ontem, a Opep e aliados, conhecidos como Opep+, adiaram uma reunião ministerial na qual se esperava discutir cortes na produção de petróleo para 30 de novembro.

Os produtores estavam tendo dificuldades para concordar com os níveis de produção antes da reunião originalmente marcada para 26 de novembro, disseram fontes da OPEP+, sugerindo que a discordância estava amplamente ligada a nações africanas.

Membros da OPEP+ como Angola e Nigéria estão buscando aumentar a produção de petróleo, disseram autoridades à Reuters hoje.

“A movimentação negativa parece exagerada e o mercado provavelmente terá uma leve recuperação na próxima semana, quando os traders retornarem do feriado de Ação de Graças”, disse Phil Flynn, analista da Price Futures Group em Chicago.

As questões sobre o fornecimento da Opep+ surgem à medida que os dados mostram que os estoques de petróleo dos Estados Unidos aumentaram 8,7 milhões de barris na semana passada, muito mais do que o acréscimo de 1,16 milhão esperado pelos analistas.

Quanto à demanda, houve mais notícias sombrias. Embora uma pesquisa tenha mostrado que a queda na atividade empresarial na zona do euro diminuiu em novembro, os dados sugerem que a economia do bloco encolherá novamente neste trimestre, à medida que os consumidores continuam a restringir os gastos.

O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para janeiro ficou estável, cotado a US$ 77,10 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para janeiro recuou 0,66%, cotado a US$ 81,42 o barril.

As informações partem da Agência CMA.

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