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FUP busca acordo com Petrobras em meio à greve em parte das unidades

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São Paulo, 30 de dezembro de 2025 – Em busca de uma solução negociada para os impasses que mantêm os trabalhadores do Norte Fluminense em greve, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) intensificou sua atuação direta junto à Petrobras e à Transpetro, informou a federação, em nota enviada no final da tarde de segunda-feira (29).

“A federação acompanha de perto as tratativas para garantir a preservação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e dos compromissos já assumidos pelas empresas”, comentou a FUP.

A iniciativa tem como objetivo solucionar o conflito na mesa de negociação e evitar os efeitos negativos de um Dissídio Coletivo de Greve, cujas audiências estão agendadas para os dias 2 e 6 de janeiro, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.

Em documento conjunto com o Sindipetro-NF, enviado na manhã desta segunda-feira (29) à Petrobras e à Transpetro, a FUP reafirmou a responsabilidade das entidades sindicais com o bom desfecho das livres negociações travadas, sem interferência judicial. No texto, as entidades cobraram a extensão, até 31 de dezembro de 2025, do compromisso previamente apresentado pelas empresas de não punição aos grevistas e de tratamento dos dias parados nos mesmos moldes acordados com os demais sindicatos da FUP.

Em resposta encaminhada à FUP, o setor de Recursos Humanos da Petrobras informou que irá estender até o dia 30 de dezembro o compromisso relacionado aos dias parados e garantiu a manutenção integral do ACT e das cartas-compromisso, desde que a proposta da empresa seja aprovada até esta terça-feira (30).

A proposta de encaminhamento para a solução do conflito, intermediada pela FUP, será submetida à avaliação dos trabalhadores do Norte Fluminense em assembleia convocada pelo Sindipetro-NF, nesta terça-feira, às 10h, no Teatro Municipal Trianon, em Campos dos Goytacazes.

Petrobras interrompe temporariamente produção em plataforma de Tupi e nega relação com a greve

A Petrobras interrompeu temporariamente a produção na plataforma P-69, no campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, informou a empresa à Reuters nesta segunda-feira (29).

A unidade está entre as maiores produtoras do Brasil e produziu em outubro aproximadamente 106 mil barris por dia, em média, segundo os dados mais recentes publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Em resposta a questionamento da Agência Safras News, a empresa enviou a seguinte resposta: “As paralisações não trouxeram impacto à produção, e o abastecimento ao mercado segue garantido, sem alterações. As equipes de contingência foram mobilizadas onde necessário. Com relação à interrupção temporária da produção na P-69, localizada na Bacia de Santos, esclarecemos que está relacionada a procedimento de rotina de segurança. A produção da P-69 foi retomada em poucas horas e segue sendo normalizada.”

“A ocorrência não tem qualquer relação com o movimento de greve”, reforçou a empresa.

Sindicato atribui parada à greve

A parada temporária de produção ocorre em meio a uma greve de trabalhadores da Petrobras, que teve início em 15 de dezembro.

Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), filiado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a interrupção na produção da P-69 decorreu das paralisações da categoria.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo Sindipetro-LP no dia 28/12/2025:

“No 14º dia de greve, Petrobrás perde produção e paga o preço de não negociar com a categoria petroleira”

“A Petrobras, diferente do discurso que vem sendo difundido por aí, está sim perdendo produção em decorrência da greve nacional dos petroleiros, que atravessa o 14º dia mantendo força e impacto real nas operações. Um dos exemplos mais recentes envolve a plataforma P- 69, que registrou perda de produção após um evento operacional. Antes da ocorrência, a produção estava na casa de 119 mil barris; após a queda, despencou para cerca de 21 mil, com uma perda estimada em aproximadamente quatro horas, segundo informações técnicas. Trocando em miúdo, estima-se que tenha ocorrido um prejuízo de mais de R$ 5 milhões.”

“Esse episódio se soma a uma sequência de ocorrências já registradas desde o início do movimento. No primeiro dia de greve, a própria empresa admitiu impacto na produção, tentando minimizar o efeito ao atribuí-lo ao início da paralisação. No entanto, ao longo dos dias, os fatos se acumularam: eventos na P-40, na P-68 e agora na P-69 demonstram que a greve segue firme e vem, sim, gerando prejuízos operacionais.”

“A insistência da gestão em não negociar aprofunda esse cenário. Em vez de buscar uma solução pela via do diálogo, a presidência da Petrobrás tem adotado posturas que dificultam as negociações, como a recusa em discutir a isonomia alimentar, a negativa em tratar da Lei 5.811/72 no que diz respeito ao transporte dos trabalhadores e a tentativa de incluir jabutis no Acordo Coletivo de Trabalho, como o fim da supressão de folgas. Na prática, isso significa impor mais sacrifícios a quem já cumpre hora extra, sem garantir o direito ao descanso.”

“Esse conjunto de decisões evidencia uma condução pouco transigente e marcada pela má gestão. O resultado é um cenário em que a empresa acumula perdas que poderiam ser evitadas. Se houvesse disposição real para negociar desde o início, nada disso estaria acontecendo. A greve segue forte, a categoria permanece mobilizada e os prejuízos à produção demonstram que ignorar os trabalhadores tem um custo alto para a Petrobrás e para os acionistas.”

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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