Porto Alegre, 20 de novembro de 2020 – O mercado brasileiro de suínos registrou uma movimentação mais truncada nos negócios nesta semana. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos atuaram de maneira um pouco mais retraída nas negociações, tentando e conseguindo barrar novos reajustes para o quilo vivo, alegando dificuldade de repasse para ponta final da cadeia neste momento. “Os preços não apenas pararam de subir como caíram em boa parte do país”, relata.
Por outro lado, Maia comenta que a oferta de animais ainda mostra certo equilíbrio, com os granjeiros se queixando do custo de produção, devido aos insumos utilizados na nutrição animal, que seguem em elevação.
A expectativa é que o consumo pelos cortes suínos ganhe força após a virada do mês, favorecido pela entrada do décimo terceiro na economia. “Outro motivador para o consumo da carne suína é o alto preço dos cortes bovinos. Além disso, os preparativos para as festividades podem levar a uma maior fluidez de negócios entre o atacado e o varejo”, sinaliza.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil baixou 2,67% ao longo da semana, de R$ 8,36 para R$ 8,14. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado seguiu em R$ 14,03. A carcaça registrou um valor médio de R$ 13,71, queda de 0,36% frente à semana anterior, de R$ 13,66.
As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 102,731 milhões em novembro (9 dias úteis), com média diária de US$ 11,414 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 41,106 mil toneladas, com média diária de 4,567 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.499,20.
Na comparação com novembro de 2019, houve avanço de 64,91% no valor médio diário exportado, ganho de 58,72% na quantidade média diária e alta de 3,90% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 185,00 para R$ 170,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 5,80 para R$ 5,90. No interior do estado a cotação recuou de R$ 9,00 para R$ 8,75.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 6,40. No interior catarinense, a cotação baixou de R$ 9,60 para R$ 9,25. No Paraná o quilo vivo caiu de R$ 9,40 para R$ 9,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo permaneceu em R$ 6,00.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração continuou em R$ 7,00, enquanto em Campo Grande o preço seguiu em R$ 8,00. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 9,40 para R$ 9,00. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno retrocedeu de R$ 9,50 para R$ 9,10. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 9,60 para R$ 9,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado permaneceu em R$ 6,00. Já em Rondonópolis a cotação retrocedeu de R$ 8,15 para R$ 8,10.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2020 – Grupo CMA