Frigoríficos alongam escalas, mas exportações sustentam preços da arroba do boi

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Porto Alegre, 05 de agosto de 2022 – O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos ao longo da primeira semana de agosto nas principais regiões de produção e comercialização nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, o viés é negativo para os preços da arroba diante da posição mais confortável das escalas de abate de muitas unidades frigoríficas.

“A incidência de animais negociados na modalidade de contratos a termo é o grande fator de alongamento das escalas de abate entre as indústrias frigoríficas de maior porte. Muitas delas não abriram preços no decorrer desta semana, com foco no enxugamento dos estoques, o que permitiria alta mais consistente dos preços da carne bovina”, disse Iglesias.

Ao mesmo tempo, as exportações permanecem em bom nível, principalmente no que diz respeito à arrecadação, que ainda é recorde. “Essa dinâmica tende a se sustentar no restante do semestre, com o Brasil se mantendo como principal alternativa ao fornecimento global de carne bovina”, assinalou.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 04 de agosto:

* São Paulo (Capital) – R$ 310,00 a arroba, ante R$ 315,00 na comparação com o dia 04 de agosto, queda de 1,6%.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 290,00 a arroba, estável.

* Goiânia (Goiás) – R$ 290,00 a arroba, ante R$ 285,00 (+1,75%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 290,00 a arroba, contra R$ 285,00 (+1,75%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 287,00 a arroba, ante R$ 290,00, baixa de 1,03%.

Exportação

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,095 bilhão em julho (21 dias úteis), com média diária de US$ 52,170 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 167,292 mil toneladas, com média diária de 7,966 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 6.549,00.

Em relação a junho de 2021, houve ganho de 27,4% no valor médio diário da exportação, alta de 5,9% na quantidade média diária exportada e valorização de 20,3% no preço médio.

Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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