Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2024 – De acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima, a atuação de uma frente fria deve provocar chuvas em parte da Argentina e do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no sul do Paraná até quarta-feira. Nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e do Matopiba, com exceção apenas do extremo Norte, o tempo deve ficar mais aberto entre hoje e amanhã.
O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos afirma que no Maranhão, Piauí, partes do Pará e de Rondônia pode haver chuvas ao longo da semana. Já no Centro-Oeste, as chuvas devem ser mais irregulares e localizadas, o que será importante para o andamento da colheita, plantio e realização de tratos culturais nas lavouras.
Na virada do mês, as áreas de instabilidade devem ganhar pouco mais de força com o avanço de uma frente fria, trazendo novamente chuvas mais generalizadas a toda a faixa central e norte do Brasil. No Sul do Brasil, as frentes frias devem seguir passando, mas trazendo chuvas mais irregulares. Santos afirma que não haverá uma ausência total de chuvas ao longo de março em áreas de São Paulo, Triângulo Mineiro, Mato Grosso do Sul, Paraguai e toda a Região Sul, incluindo a Argentina, mas as precipitações serão menos intensas.
Os modelos europeu e americano continuam sinalizando que o mês de abril deve ser de poucas chuvas para toda a região do Cerrado, incluindo o Mato Grosso do Sul, São Paulo e até mesmo as regiões noroeste e norte do Paraná. As precipitações deverão voltar a se concentrar nas duas pontas do Brasil, ou seja, volta a chover bastante no Sul a partir da segunda quinzena de abril e também no Norte, devido à zona de convergência.
Ele acrescenta que tanto o mês de maio quanto de junho mostram pouquíssimas chuvas previstas em todo o Cerrado, o que pode ser um problema para as lavouras de milho safrinha plantadas na semana passada, pois não há uma tendência de chuvas.
Paraguai
Para o Paraguai, a meteorologista Ludmila Camparotto observa que uma frente fria está avançando pelo norte da Argentina e pode trazer alguma instabilidade para a região mais ao sul do Paraguai, com possibilidade de chuvas, embora irregulares. Pode haver alguns registros de precipitações também, embora de baixa intensidade, na região de fronteira com o sul de Mato Grosso do Sul, o oeste do Paraná.
Mais para o final da semana, na sexta-feira (1), um sistema que se espalha pelo Paraguai pode provocar algumas chuvas na região mais central do Paraguai.
Já no final de semana, no domingo (3), um novo sistema deve avançar sobre o norte da Argentina, o que pode provocar algumas chuvas novamente sobre o Paraguai, inclusive em algumas áreas do Chaco, embora no norte do país não haja uma tendência de grandes precipitações.
Ludmila destaca que, até o dia 11 de março, pelo menos três sistemas devem avançar sobre o Paraguai, levando chuvas relativamente irregulares para algumas regiões. Porém na segunda quinzena de março e no início de abril, a tendência é de maiores períodos com ausência de chuvas sobre o Paraguai. Já em maio, as chuvas devem voltar a passar pelo Paraguai, assim como em junho.
Falando em frio, Ludmila sinaliza que há uma tendência das primeiras ondas no Paraguai em abril, mas nada muito significativo. As temperaturas deverão ficar mais baixas entre maio e junho, mas ainda não é possível falar em falar em frio intenso ou ocorrência de geadas.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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