Porto Alegre, 13 de janeiro de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços mais baixos para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os preços derreteram no decorrer da semana, com o ambiente ainda remetendo a queda dos preços no curto prazo.
No quilo vivo, os preços tiveram estabilidade durante a semana. Para Iglesias, o mercado ainda os sinais de excesso de oferta nítidos. “O alojamento de pintos de corte esteve bastante acentuado no último trimestre, justificando o atual quadro”, disse.
De acordo com o analista, os custos da nutrição animal ainda exercem pressão sobre a margem da atividade, que segue negativa. “Nutrição animal inflacionada ainda é um complicador adicional, em linha com o recente comportamento dos preços do milho e do farelo de soja no mercado doméstico”, completou Iglesias.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 237,357 milhões em janeiro (5 dias úteis), com média diária de US$ 47,471 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 117,227 mil toneladas, com média diária de 23,445 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.024,80.
Em relação a janeiro de 2022, houve alta de 83,1% no valor médio diário, ganho de 55,1% na quantidade média diária e avanço de 18% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Preços internos
Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito diminuiu de R$ 7,40 para R$ 7,20, o quilo da coxa de R$ 7,30 para R$ 7,00 e o quilo da asa se manteve em R$ 11,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 7,60 para R$ 7,40, o quilo da coxa de R$ 7,50 para R$ 7,20 e o quilo da asa continuou em R$ 11,70.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve retração de R$ 7,50 para R$ 7,30, o quilo da coxa de R$ 7,40 para R$ 7,10 e quilo da asa se manteve em R$ 11,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve desvalorização de R$ 7,70 para R$ 7,50, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 7,30 e o quilo da asa teve estabilidade de R$ 11,80.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo se manteve em R$ 5,00 e em São Paulo em R$ 5,00.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,10, na integração do oeste do Paraná em 5,10 e na integração do Rio Grande do Sul em 5,00.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango teve estabilidade de R$ 5,05, em Goiás de R$ 5,00 e no Distrito Federal de R$ 5,00.
Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,90.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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