Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o setor teve preços acomodados durante a semana. “Contudo, o ambiente ainda sugere por alguma recuperação dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo”, destacou.
De acordo com o analista, o quadro negativista de altos custos de nutrição seguem exercendo grande pressão sobre a margem operacional da atividade. “O cenário é consequência do recente comportamento dos preços do milho e farelo de soja no mercado doméstico”, ressalta.
Ainda segundo Iglesias, apesar do cenário de excesso de oferta no setor continuar pesando para cotações negativas, a melhor demanda no começo de mês evitou um novo declínio, levando os preços à estabilidade.
Exportações
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 420,9 mil toneladas no mês de janeiro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é recorde para o mês e supera em 20,6% o total exportado no primeiro mês de 2022, com 349,1 mil toneladas.
O resultado em dólares das exportações do mês chegou a US$ 856,6 milhões, número 38,9% superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, com US$ 616,9 milhões.
Principal destino das exportações da carne de frango do Brasil, a China importou 60,2 mil toneladas em janeiro, número 24,7% maior do que o registrado no mesmo período de 2022, com 48,3 mil toneladas. Outros destaques foram o Japão, com 37,7 mil toneladas (+23,1%), Arábia Saudita, com 32,4 mil toneladas (+111,3%), África do Sul, com 29,5 mil toneladas (+15,7%) e União Europeia, com 21,8 mil toneladas (+20,4%).
Preços internos
Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito continuou em R$ 6,80, o quilo da coxa em R$ 6,50 e o quilo da asa em R$ 10,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 7,00, o quilo da coxa em R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 11,00.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também não teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito se manteve em R$ 6,90, o quilo da coxa em R$ 6,60 e quilo da asa em R$ 10,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve estabilidade de R$ 7,10, o quilo da coxa de R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 11,10.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo se manteve em R$ 5,00 e em São Paulo em R$ 4,90.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,10, na integração do oeste do Paraná em R$ 5,00 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango teve estabilidade de R$ 5,05, em Goiás de R$ 5,00 e no Distrito Federal de R$ 5,00.
Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 5,50, no Ceará em R$ 5,50 e, no Pará, em R$ 5,60.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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