Porto Alegre, 27 de novembro de 2020 – O mercado brasileiro de frango se aproxima do final de novembro consolidando a preferência do consumidor frente às proteínas concorrentes. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a migração de demanda para a carne de frango ganhou intensidade ao longo do mês, diante da dificuldade da população em absorver os reajustes observados na carne bovina e suína. A tendência é de que a carne de frango tenha um espaço ainda maior na mesa do brasileiro”, sinaliza.
Iglesias ressalta que o mês de novembro apresentou consistente movimento de alta para a avicultura de corte. “É muito importante destacarmos que houve uma evidente necessidade de repasse ao longo da cadeia produtiva, uma vez que o custo de nutrição esteve bastante acentuado”, comenta.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram mudanças para os cortes congelados de frango ao longo de novembro, se comparados ao fechamento de outubro. O quilo do peito no atacado passou de R$ 6,60 para R$ 7,10, o quilo da coxa de R$ 7,35 para R$ 7,40 e o quilo da asa retrocedeu de R$ 13,90 para R$ 13,00. Na distribuição, o quilo do peito subiu de R$ 6,80 para R$ 7,20, o quilo da coxa de R$ 7,55 para R$ 7,60 e o quilo da asa baixou de R$ 14,00 para R$ 13,50.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi mudanças nos preços ao longo do mês frente ao valor praticado no fechamento de outubro. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 6,70 para R$ 7,20, o quilo da coxa de R$ 7,45 para R$ 7,50 e o quilo da asa recuou de R$ 14,00 para R$ 13,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito mudou de R$ 6,90 para R$ 7,30, o quilo da coxa de R$ 7,65 para R$ 7,70 e o quilo da asa caiu de R$ 14,10 para R$ 13,60.
Iglesias sinaliza que, ao longo de todo o ano, as exportações estão muito próximas em relação ao mesmo período de 2019. “É importante salientar que os embarques de carne de frango já eram muito positivos e que o Brasil vem vendendo volumes expressivos de carne de frango para a China desde 2015”, pontua.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 316,893 milhões em novembro (14 dias úteis), com média diária de US$ 22,635 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 240,667 mil toneladas, com média diária de 17,190 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.316,70.
Na comparação com novembro de 2019, houve baixa de 9,47% no valor médio diário, ganho de 9,78% na quantidade média diária e retração de 17,54% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 4,30 para R$ 4,50. Em São Paulo o quilo vivo subiu de R$ 4,25 para R$ 4,55.
Na integração catarinense a cotação do frango avançou de R$ 3,80 para R$ 3,90. No oeste do Paraná o preço na integração passou de R$ 4,00 para R$ 4,40. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo aumentou de R$ 4,00 para R$ 4,45.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango mudou de R$ 4,10 para R$ 4,40. Em Goiás o quilo vivo avançou de R$ 4,10 para R$ 4,40. No Distrito Federal o quilo vivo subiu de R$ 4,20 para R$ 4,50.
Em Pernambuco, o quilo vivo passou de R$ 5,00 para R$ 5,90. No Ceará a cotação do quilo subiu de R$ 5,00 para R$ 5,90 e, no Pará, o quilo vivo aumentou de R$ 5,20 para R$ 5,95.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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