Ampla oferta de frango dificulta movimento de alta nos preços em abril

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Porto Alegre, 28 de abril de 2023 – O mercado brasileiro de frango encerra o mês de abril com preços mistos nos principais cortes negociados no atacado e distribuição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, “O vivo não está conseguindo recuperar, bem como o atacado não consegue evoluir de maneira satisfatória. Até observamos preços mistos, sem direção definida, só que a oferta ainda está elevada”.

De acordo com Maia, o custo de nutrição animal está caindo, o que acaba ajudando nas margens. “Contudo, o alojamento ao longo dos últimos meses foi alto e isso acaba pesando no vivo agora. O nível de oferta segue bem elevado”, ressalta.

“A exportação segue forte, o que é positivo. Mas no âmbito doméstico, os preços não conseguem encontrar um movimento de alta consistente”, finaliza o analista.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 584,447 milhões em abril (13 dias úteis), com média diária de US$ 44,957 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 310,377 mil toneladas, com média diária de 23,875 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.883,00.

Em relação a abril de 2022, houve alta de 14,2% no valor médio diário, ganho de 17,4% na quantidade média diária e recuo de 2,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito no atacado subiu de R$ 7,20 para R$ 7,40, o quilo da coxa se manteve em R$ 6,60 e o quilo da asa retrocedeu de R$ 10,60 para R$ 10,15. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 7,40 para R$ 7,60, o quilo da coxa continuou em R$ 6,80 e o quilo da asa recuou de R$ 10,80 para R$ 10,30.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário no mês também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve alta de R$ 7,30 para R$ 7,50, o quilo da coxa seguiu em R$ 6,70 e quilo da asa diminuiu de R$ 10,70 para R$ 10,25. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 7,50 para R$ 7,70, o quilo da coxa ficou em R$ 6,90 e o quilo da asa passou de R$ 10,90 para R$ 10,40.

O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo se manteve em R$ 4,80 e em São Paulo recuou de R$ 4,90 para R$ 4,80.

Na integração catarinense a cotação do frango aumentou de R$ 4,10 para R$ 4,30, na integração do oeste do Paraná o quilo vivo recuou de R$ 4,90 para R$ 4,85 e na integração do Rio Grande do Sul a cotação ficou em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,75, em Goiás em R$ 4,80 e no Distrito Federal em R$ 4,80.

Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 5,50, no Ceará em R$ 5,50 e, no Pará, em R$ 5,60.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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