Fraca demanda no atacado impede recuperação plena de preços do suíno no Brasil

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     Porto Alegre, 16 de setembro de 2022 – O mercado brasileiro de suínos teve uma semana marcada por pouca movimentação de preços, tanto do quilo vivo como dos principais cortes do atacado.

     Segundo o Analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o fluxo de negócios envolvendo o suíno evolui dentro da normalidade para o período do mês, contudo, os frigoríficos estão reticentes em relação a preços, avaliando que o atacado não evolui de maneira satisfatória, com carcaça e cortes estacionados. “Os suinocultores alegam que a oferta de animais disponíveis no mercado não mostra sinais de excedente, mas o quadro do atacado acaba derrubando o poder de negociação”, afirma.

     A preocupação entre os independentes segue grande e as margens deterioradas pedem pela continuidade das medidas que visam o ajuste produtivo. O consumo e a reposição entre atacado e varejo tende a ser mais difícil até o fechamento do mês à medida que as famílias ficam menos capitalizadas. O ponto positivo neste momento é o forte ritmo da exportação, fator que ajuda a enxugar parte da disponibilidade doméstica.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 0,44% na semana, passando de R$ 6,04 para R$ 6,07. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado seguiu inalterado, em R$ 10,07. A carcaça teve alta de 0,19% na semana, passando de R$ 9,66 para R$ 9,68.

     A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo se manteve em R$ 132,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30. No interior do estado a cotação subiu de R$ 6,05 para R$ 6,25.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,40. No interior catarinense, a cotação se manteve em R$ 6,20. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 6,20 para R$ 6,25 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande se manteve em R$ 5,95, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,30. Em Goiânia, o preço aumentou de R$ 6,50 para R$ 6,60. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno permaneceu em R$ 7,00. No mercado independente o preço se manteve em R$ 7,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis seguiu em R$ 5,95. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 76,847 milhões em setembro (6 dias úteis), com média diária de US$ 12,807 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 31,105 mil toneladas, com média diária de 5,184 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.470,50.

     Em relação a setembro de 2021, houve alta de 11,1% no valor médio diário, ganho de 7,0% na quantidade média diária e avanço de 3,9% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Revisão: Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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