Fraca demanda no atacado derruba preços da arroba do boi em julho

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Porto Alegre, 28 de julho de 2023 – O mercado físico de boi gordo se aproxima do final de julho enfrentando um ambiente extremamente complicado. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o grande vetor de queda dos preços foi a situação da carne bovina no atacado, com os frigoríficos apontando para câmaras frias lotadas. “O lento escoamento da carne promoveu forte queda dos preços, por sua vez, os frigoríficos vislumbraram queda das receitas relacionadas ao mercado interno e passaram a aumentar a pressão sobre os preços do boi gordo”, explica.

Na avaliação de Iglesias, a maior competitividade da carne de frango foi crucial para esse ambiente baixista. “Outro aspecto a ser mencionado é a queda dos preços da carne bovina no mercado internacional, afetando a receita de exportação, o que também afetou as decisões da indústria”, explica.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 230,00, queda de 8,00% frente aos R$ 250,00 do final de junho. Em Dourados (MS), a arroba recuou 4,08%, de R$ 245,00 para R$ 235,00 na modalidade a prazo. Em Cuiabá (MT), a arroba subiu 0,92%, de R$ 218,00 para R$ 220,00. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 230,00 por arroba, baixa de 4,17% frente aos R$ 240,00 da última semana. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 220,00, queda de 2,20% frente aos R$ 225,00 no mês passado.

Preços desabam no mercado atacadista ao longo de julho

Iglesias ressalta que o mercado atacadista registrou preços em forte retração ao longo de julho. O quarto do traseiro foi precificado a R$ 17,00 por quilo, queda de 6,34% frente aos R$ 18,15 do final de junho. O quarto do dianteiro foi precificado a R$ 12,65 por quilo, baixa de 9,64% frente aos R$ 14,00 registrados no final do mês passado.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 559,187 milhões em julho (15 dias úteis), com média diária de US$ 37,279 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 117,589 mil toneladas, com média diária de 7,839 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.755,40.

Em relação a julho de 2022, houve baixa de 28,5% no valor médio diário da exportação, perda de 1,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 27,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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