Porto Alegre, 13 de agosto de 2021 – A alta expressiva das cotações internacionais, potencializada pela valorização do dólar em relação ao real, garantiu mais uma semana de recuperação para o algodão no mercado doméstico. A afirmação é do analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
No CIF do polo industrial paulista, a fibra fechou o dia 12 indicada a R$ 5,15 por libra-peso, no maior patamar desde a primeira semana do último mês de maio. No acumulado em relação ao mesmo período do mês e do ano passado, a pluma nacional apresentava alta de 3,2% e de 75,8%, respectivamente.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto brasileiro fechou cotado a 96,85 centavos de dólar por libra-peso (c/lb). Ante ao contrato de maior liquidez (dezembro/21) negociado na Ice Futures US, a pluma brasileira encerrou cotada a um valor 3,7% superior, contra 5,4% do dia anterior. Há uma semana, era 5,8% superior e, há um mês, o produto nacional era 9,8% mais alto. “Esses números mostram que a movimentação das variáveis formadoras de preços permitiu que o produto brasileiro se aproximasse da paridade de exportação”, pondera.
O Brasil exportou 2,4 milhões de toneladas de algodão entre agosto de 2020 e julho de 2021, 23% a mais do que no ciclo anterior, concretizando um novo recorde de embarques. O comércio exterior da fibra gerou uma receita de US$ 3,77 bilhões na temporada 2020/2021. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
A China foi o principal destino da fibra brasileira, responsável por 30% do total exportado na temporada 2020/2021. Com inéditas 720,7 mil toneladas adquiridas, o gigante asiático superou o mercado interno como maior consumidor
do algodão produzido no Brasil.
A lista dos dez maiores importadores da pluma brasileira traz ainda Vietnã (17%) e Paquistão (12%) seguidos por Turquia (12%), Bangladesh (11%), Indonésia (9%), Malásia (3%), Coréia do Sul (3%), Tailândia e India (1% e 0,4%).
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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