Firmeza nos preços do frango deve ter continuidade no curto prazo

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Porto Alegre, 12 de julho de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços firmes para o vivo e para o atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, ainda há perspectiva de continuidade do movimento de alta no curto prazo.

Em relação aos custos de nutrição animal, Iglesias explica que a situação ainda é confortável, considerando a boa disponibilidade de insumos na atual temporada. “Segue importante manter uma produção controlada”, ressaltou.

De acordo com o analista, o mercado atacadista ainda se depara com preços firmes. “O viés ainda é de alta dos preços no curto prazo, com boa reposição entre atacado e varejo durante a primeira quinzena do mês, período pautado por maior apelo ao consumo. A carne de frango ainda se depara com bons índices de consumo durante a temporada, considerando que ainda é a proteína mais acessível se comparado as demais”, afirmou.

Por fim, Iglesias lembra que as exportações seguem em ótimo nível, com o país caminhando para um recorde de embarques nesta temporada. “Os preços permanecem deprimidos, mesmo assim as condições são favoráveis”, concluiu.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve estabilidade de R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 10,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,70, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 10,20.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,70, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 10,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,80, o quilo da coxa em R$ 6,90 e o quilo da asa em R$ 10,30.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,00 para R$ 5,10, e em São Paulo, seguiu em R$ 5,00.

Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango aumentou de R$ 4,75 para R$ 5,00, em Goiás de R$ 4,85 para R$ 5,05 e, no Distrito Federal, de R$ 4,90 para R$ 5,05.

Em Pernambuco, o quilo vivo valorizou de R$ 4,60 para R$ 5,20, no Ceará de R$ 4,50 para R$ 5,10 e, no Pará, de R$ 5,00 para R$ 5,25.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 223,504 milhões em julho (5 dias úteis), com média diária de US$ 44,701 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 121,683 mil toneladas, com média diária de 24,336 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.863,80.

Em relação a julho de 2023, houve alta de 19,4% no valor médio diário, avanço de 26,5% na quantidade média diária e recuo de 5,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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