Porto Alegre, 2 de outubro de 2020 – Os preços domésticos do algodão acumularam queda em setembro. “Porém, é interessante destacar dois movimentos distintos ao longo do mês”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
Na primeira quinzena, as cotações devolveram boa parte dos fortes ganhos acumulados em agosto. Depois de ingressar em setembro a R$ 3,30 a libra-peso (média do CIF de São Paulo), a pluma perdeu força e atingiu a mínima no dia 16 de R$ 3,07 por libra-peso. “Esta trajetória de baixa respondeu ao aumento da oferta interna e a um movimento de queda do dólar em relação ao real”, lembra o analista.
A partir da segunda quinzena, a pluma voltou a subir, puxada pela firmeza dos preços internacionais e pela forte valorização da moeda norte-americana em relação à brasileira. “Além disso, foi possível perceber uma presença mais ativa de compradores, em especial indústrias de fios que precisam recompor estoques”, frisa Bento.
Na quarta-feira, dia 30, a pluma era cotada a R$ 3,22, o que corresponde a uma alta acumulada de 4,9% durante a segunda quinzena do mês, mas um recuo de 2,4% em relação ao fechamento de agosto.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, a pluma brasileira fechou cotada 57,45 centavos de dólar por libra-peso no dia 30, o que corresponde a uma queda de 7% em relação ao mês anterior. Quando comparada ao contrato de maior liquidez na Ice Futures, a pluma brasileira era 12,7% mais acessível. Há um mês, era 5,2% mais acessível.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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