Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, com as portas do mercado chinês ainda fechadas à carne bovina brasileira, os frigoríficos passaram praticamente todo o mês remanejando as escalas de abate, acreditando que o embargo voluntário seria bem mais curto. “Há um volume expressivo de carne bovina estocada em câmaras frias e nos portos para ser carregado e embarcado à China”, disse Iglesias.
Com praticamente apenas o mercado doméstico aberto para os frigoríficos escoarem estoques, não houve condições de sustentação dos preços da arroba em níveis tão elevados. “Como consequência, os frigoríficos aumentaram a pressão sobre os pecuaristas. Mas, para os criadores, a situação também é delicada, considerando os elevados custos de manutenção dos animais em confinamentos”, completou.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 30 de setembro:
* São Paulo (Capital) – R$ 290,00 a arroba, na comparação com R$ 310,00 a arroba em 31 de agosto, caindo 6,45%.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 293,00 a arroba, ante R$ 309,00 (-5,2%).
* Goiânia (Goiás) – R$ 280,00 a arroba, ante R$ 298,00, recuando 6%.
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 293,00 a arroba, contra R$ 312,00 (-6,41%).
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 285,00 a arroba, contra R$ 304,00 (-6,25%).
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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