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Faturamento do setor de mineração cresce 8,6% no 1º trimestre, para R$ 73,1 bilhões, diz Ibram

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O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) informou que o setor mineral registrou faturamento de R$ 73,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta anual de 8,6%. A arrecadação total de impostos e tributos pelo setor aumentou cerca de 8%, totalizando R$ 25,5 bilhões. A arrecadação de CFEM totalizou R$ 2 bilhões. Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa da entidade, realizada na tarde desta terça-feira.

Os Estados de Minas Gerais, Pará e Bahia lideraram o faturamento do 1T25, com participações de 40%, 33% e 5%, respectivamente, no faturamento total do setor, segundo o Ibram. O minério de ferro respondeu por 53% do faturamento do setor, com R$ 38,8 bilhões.

As importações minerais caíram 17,1% em US$ (totalizando US$ 1,6 bilhões) e 6,3% em toneladas (totalizando 8,75 milhões de toneladas). O saldo da balança comercial mineral (US$ 7,68 bilhões) foi equivalente a 77% do saldo da balança comercial brasileira (US$ 9,98 bilhões).

O saldo da balança comercial mineral (US$ 7,68 bilhões) foi equivalente a 77% do saldo da balança comercial brasileira (US$ 9,98 bilhões).

Foram exportados cerca de 87,7 milhões de toneladas de produtos do setor mineral (aumento de 0,3% em relação ao 1T24), totalizando cerca de US$ 9,3 bilhões (queda de 13%). O minério de ferro foi responsável por 63,9% das exportações.

O saldo do setor mineral teve recuo de 13%, alcançando US$ 7,68 bilhões. Esse valor representa 77% do saldo da balança comercial brasileira, que foi de US$ 9,98 bilhões. A China foi o principal destino das exportações minerais brasileiras no 1T25: para esse país foram destinadas 68,3% das exportações em toneladas. Já as importações minerais foram provenientes principalmente dos Estados Unidos (20,8%), Rússia (19,3%), Austrália (11,5%) e Canadá (9,3%).

O setor mineral apresentou queda nas exportações em dólares, alcançando US$ 9,3 bilhões (-14,3%), apesar do ligeiro aumento em toneladas (87,7 milhões de toneladas, +0,3%). Já as importações minerais caíram tanto em dólar (-17,1%) quanto em toneladas (-6,3%), totalizando US$ 1,6 bilhões e 8,75 milhões de toneladas.

No 1T25, o minério de ferro continua atingindo patamares de preços diários abaixo de US$ 100/tonelada, e sua média de preço trimestral ficou 15,7% menor do que o 1T24. Já o ouro apresentou alta significativa na média trimestral (+38,2%) e já atinge US$ 3.214,8/ozt (01/05/2025). O dólar fechou março em R$ 5,75.

A estimativa de investimentos em projetos do setor para o período de 2025-2029 é de US$ 68,4 bilhões, o que significa um aumento de 6,6% em comparação com as estimativas realizadas para o período anterior. Minas Gerais, Pará e Bahia são os estados com as maiores estimativas de recebimento de investimentos e devem receber US$ 16,5 bilhões. US$ 13,5 bilhões e US$ 9 bilhões. Os investimentos em múltiplos estados somam mais de US$ 12,7 bilhões.

MINERAIS CRÍTICOS

O presidente do Ibram, Raul Jungmann, disse que o setor deve ter um faturamento similar a 2024, e que existe uma demanda crescente para entrar no mercado brasileiro. Jungmann destacou que os minerais estratégicos se tornaram fundamentais no atual cenário geopolítico. Ele comentou ainda sobre o investimento potencial de R$ 85,2 bilhões da chamada pública do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para apoiar investimentos em transformação de minerais estratégicos, que foi encerrada na semana passada com inscrições de 124 propostas de planos de negócios.

Os projetos foram apresentados por 136 grupos econômicos para investimento em 23 estados de todas as regiões do país. Segundo o edital, os planos devem contemplar investimentos em capacidade produtiva e pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) para transformação de minerais estratégicos e obtenção de materiais transformados ou produtos manufaturados para transição energética e descarbonização.

Do valor de R$ 85,2 bilhões em intenção de investimentos apresentados, R$ 6,4 bilhões referem-se a desenvolvimento tecnológico e R$ 67,8 bilhões ao escalonamento industrial desses projetos. Como destaque, quatro elementos apresentaram maior interesse dentre as propostas inscritas: terras raras (27), lítio (25), cobre (24) e grafite (20).

Os projetos visam fomentar a transformação mineral a partir dos seguintes elementos químicos: alumínio, cobalto, cobre, estanho, grafite, lítio, manganês, metais do grupo da platina (PGMs), molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, terras raras, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco.

A mineração pode situar o Brasil entre os protagonistas globais da inovação tecnológica e da transição para uma economia verde. Até 2040, a demanda por cobre, lítio, níquel, cobalto, grafita e terras raras deve aumentar mais de 80%.

Em abril, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o Brasil contará ainda este ano com uma política nacional voltada aos minerais críticos, considerados essenciais para a transição energética. A proposta, segundo o ministro, é atender a uma demanda antiga do setor mineral brasileiro e, ao mesmo tempo, ampliar os investimentos estrangeiros, com destaque para o interesse crescente da China.

Uma das principais missões do Economic Summit foi o fortalecimento da cooperação bilateral na cadeia de minerais estratégicos, essenciais para a transição energética, como lítio, nióbio, terras raras e grafite. O Brasil, rico em reservas desses minerais, busca consolidar sua posição como fornecedor confiável, ao mesmo tempo em que trabalha para desenvolver uma indústria de transformação mineral de alto valor agregado, alinhada às metas de sustentabilidade e aos princípios de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês).

Com informações da Agência Brasil.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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