Porto Alegre, 27 de julho de 2022 – O Sistema Farsul e a Fundação Pró-Sementes apresentaram, nesta quarta-feira (27), os resultados do Estudo de Cultivares em Rede – ECR Soja – Safra 2021/22, relativos ao Rio Grande do Sul. O superintendente do SENAR-RS, Eduardo Condorelli, enfatizou que se houver algum problema na próxima safra gaúcha, não será por causa das sementes.
Durante coletiva virtual acompanhada pela Agência SAFRAS, a Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, falou sobre a safra passada e sobre as expectativas para a safra 2022/23.
“Este foi um ano desafiador por conta da condição climática: severa estiagem e distribuição de chuvas desuniforme. Aliado a seca, houve o problema da mortalidade de plantas em função do ataque de fungos de solo, o que diminuiu o estande de parcelas em diversas regiões”, disse ela.
A expectativa para o próximo ano, conforme Kassiana, é de clima neutro para a cultura, isto é, algumas estiagens durante o ano, mas nada comparado à safra passada.
A pesquisa tem como objetivo avaliar o desempenho agronômico de cultivares com expressividade comercial e lançamentos, além de disponibilizar essas informações para a assistência técnica de produtores e ajudar na tomada de decisão sobre que cultivar indicar ou plantar. O planejamento para a safra de verão inicia em agosto, e o plantio acontece do final de outubro até o meio de dezembro.
Na safra 2021/2022, os ensaios foram conduzidos dentro das três microrregiões sojícolas no estado, dividida em 11 municípios. Foram avaliadas 40 cultivares definidas pela maior representatividade de hectares aprovados para produção de sementes e que são indicadas pelo Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o estado do Rio Grande do Sul.
Para exemplificar a importância da escolha, Kassiana usou Passo Fundo como exemplo. A diferença de produtividade entre as cultivares de maior e menor rendimento foi de 38 scs/ha. Com um preço médio de R$ 177,00 por saco de soja, a definição pode significar R$ 6.726,00 de impacto nos rendimentos do produtor.
A última safra teve uma queda drástica na produção, atingindo principalmente o município de São Luiz Gonzaga, que, além do baixo número de sacos por hectare, teve números menores no ciclo tardio e números maiores no precoce, se diferenciando dos outros municípios.
O vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, alertou para a importância do planejamento de safra. “É necessário buscar a compra de sementes o quanto antes, pois a semente é o insumo principal para o início da safra e, por enquanto, os preços estão estáveis”.
Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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